O Partido da Social Democracia Brasil (PSDB) anunciou, nesta terça-feira (7), que o presidente da sigla convocou reunião extraordinária para discutir o processo de impeachment de Bolsonaro. Bruno Araújo fez a convocação após o tom de ameaça golpista usado no discurso do presidente, nas manifestações de 7 de setembro, em Brasília.
O partido repudiou o discurso de Bolsonaro e prometeu tomar uma decisão definitiva. “O Presidente do PSDB, Bruno Araújo, convoca reunião Extraordinária da Executiva para esta quarta-feira (8), para, diante das gravíssimas declarações do presidente da República no dia de hoje, discutir a posição do partido sobre abertura de de Impeachment e eventuais medidas legais”, escreveu no Twitter.
A medida foi apoiada pelos governadores de São Paulo, João Dória, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Os dois tucanos são concorrentes para se tornarem candidatos à presidência da república nas eleições de 2022.
Eduardo Leite publicou em sua conta no Twitter que o presidente deveria enxergar a inflação, o desemprego e outros problemas sociais e ambientais como inimigos de seu governo. “Iremos defender os brasileiros e a democracia que ele ataca. Foi um erro colocar Bolsonaro no poder. Está cada vez mais claro que é um erro mantê-lo lá”, afirmou o governador do Rio Grande do Sul.
João Dória pela primeira vez se posicionou a favor do impedimento do presidente. “Não podemos tolerar retrocessos. Que o Estado Democrático de Direito e os valores da liberdade sempre prevaleçam sobre o autoritarismo para o Brasil voltar a crescer, gerar empregos e diminuir as diferenças sociais”, comentou o governador de São Paulo.
Caso o PSDB se posicione a favor do pedido de impedido do presidente, será o segundo partido a se pronunciar nesta semana. Gilberto Kassab, presidente do PSD, afirmou na última segunda-feira (6), em entrevista à Globonews, que caso a escalada antidemocrática de Bolsonaro seguisse, apoiaria o impeachment. O PSDB ainda não divulgou posição oficial sobre o tema.