O Governo de Goiás, por meio da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), realiza a maior operação já realizada no sistema prisional goiano. Nomeada de Atena, a ação tem como objetivos aumentar a segurança dentro das unidades prisionais, apreender materiais ilícitos e evitar possíveis fugas. Os investimentos somam mais de R$ 700 mil em logística e reforço do efetivo.
A operação ocorre em diversos presídios do Estado. No fim de semana, foram contempladas as unidades prisionais de Goiás, Planaltina, Caldas Novas, Acreúna, Cristalina, Estrela do Norte, presídio feminino de Formosa, Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia e Núcleo de Custódia.
Segundo o diretor-geral, tenente-coronel Rasmussen, a Operação Atena é o resultado de um processo de gestão qualificada em que foram debatidos os ramos do sistema penitenciário, o que possibilitou aumentar a ordem e a disciplina nas unidades prisionais e promover o devido cumprimento da pena. “Os trabalhos realizados pelos servidores, diariamente, evitam que vários crimes sejam cometidos, além de auxiliar com informações em diversas ocorrências. Não tenho dúvida de que, com essa operação, estamos começando um novo ciclo na instituição e novos resultados serão alcançados”, frisa.
A ação é executada pelos servidores das unidades prisionais com o apoio tático operacional dos Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (GOPE) e Grupos de Intervenções Táticas (GIT) de todas as regionais. “Trabalhamos diariamente para combater o crime e contribuir com a segurança da população. Neste contexto, analisamos que a operação, além de ressaltar a força do sistema penitenciário, é um passo de suma importância para demonstrar para aqueles que pretendem realizar atos criminosos que a Polícia Penal está preparada para agir”, disse o diretor-adjunto, Aristóteles El Assal.
O superintendente de Segurança Penitenciária, Leopoldo de Castro, explica que os procedimentos operacionais de intervenção foram rigorosamente estudados para a realização da Operação Atena, com a finalidade de garantir êxito nas atividades. “Mobilizamos servidores das unidades prisionais, trouxemos reforços de outros presídios e, ainda, contamos com policiais dos grupos especializados para garantir que tudo ocorra dentro do planejado. E a Operação Atena não termina aqui, nossos profissionais continuarão atuando para garantir a segurança dos presídios de Goiás”, reitera.
Balanço de apreensões
A Operação Atena começou na CPP de Aparecida de Goiânia e nas unidades prisionais de Planaltina e Goiás. Na CPP foram apreendidas 33 facas, cinco objetos pontiagudos, cinco celulares, uma tesoura, quatro ferros e R$ 1.652,00. Já na UPR de Planaltina de Goiás, foram encontrados oito materiais cortantes e também princípio de perfurações no teto de duas celas, visando possível tentativa de fuga. Na UPR de Goiás, a revista estrutural das celas resultou na interceptação de cinco celulares, nove cabos USB, um objeto perfurante, um fone de ouvido e uma pequena porção de droga análoga à maconha.
No sábado (02/10), a operação contemplou as unidades prisionais de Caldas Novas, Acreúna e Cristalina. Em Caldas Novas, foram apreendidos um objeto perfurante, dois mergulhões e uma extensão. Já em Acreúna e Cristalina, os policiais não encontraram nenhum material ilícito nas celas.
A Unidade Prisional de Estrela do Norte, o presídio feminino de Formosa e a Unidade Prisional Especial Núcleo de Custódia participaram da Operação Atena no domingo (03/10). Em Formosa e Estrela do Norte, não foram encontrados materiais ilícitos. No Núcleo de Custódia, os policiais apreenderam um objeto metálico não permitido de três centímetros de comprimento.
A operação recebeu o nome de Atena em referência à deusa da sabedoria, da guerra estratégica, da proteção das cidades e da justiça. Segundo a mitologia, a deusa torna a guerra um instrumento social e político submetido ao intelecto, à disciplina e à ordem.
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