A Educação de Goiás apresentou crescimento no que se refere ao índice de oportunidades educacionais para jovens em idade escolar. É o que indica o Índice de Oportunidades da Educação Brasileira (Ioeb 2021), indicador calculado a cada dois anos pela Comunidade Educativa Cedac e divulgado no início do mês de outubro.
De acordo com o Ioeb 2021, a média de oportunidades educacionais do estado de Goiás passou de 4,8 em 2019 para 5,1 em 2021, colocando-o em sétimo no ranking entre estados. Antecedem Goiás no ranking os estados de São Paulo (5,7); Ceará (5,5); Minas Gerais (5,5); Santa Catarina (5,4); Distrito Federal (5,4); e o Paraná (5,4).
Confira aqui os resultados do IOEB
Para composição da média, o índice utiliza uma combinação dos resultados educacionais (Ideb da 1ª e 2ª etapas do ensino fundamental e taxa líquida de matrícula do ensino médio) e informações de insumos e processos educacionais (escolaridade de professores, experiência de diretores, número de horas-aula/dia, taxa de atendimento na Educação infantil) convertidas em uma escala de 1 a 10. O resultado dessa combinação é único para cada local (município, estado ou Distrito Federal) e abarca, em uma só média, todas as etapas da Educação Básica e todas as redes de ensino existentes no território, sejam elas públicas ou privada.
Para a superintendente de Gestão Estratégica e Avaliação de Resultados da Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc), Márcia Carvalho, o grande diferencial do Ioeb é que ele considera dados de todos os moradores em idade escolar, e não apenas os que estão efetivamente matriculados nas escolas. Desse modo, municípios e estados brasileiros conseguem ter um diagnóstico para além dos resultados educacionais, ampliando a visão sobre os adolescentes, jovens e adultos que estão fora da escola.
“Com esse indicador a gente vê, mais ainda, a necessidade de ir em busca desses estudantes”, afirma Márcia Carvalho. “Por ser a maior rede de ensino do estado, que atende um maior número de estudantes, é muito importante ter esses dados. E, apesar de não ser um índice oficial, é muito importante que a gente conheça ele, porque ele está agregando indicadores e nos mostrando dados que a gente talvez, sozinhos, não esteja olhando”.
Sobre o aumento da média de Goiás no ranking entre estados, a superintendente considera que o resultado reflete a maior preocupação das redes com a qualidade da Educação e as ações de busca ativa que estão sendo implementadas no estado. “Apesar de estarmos em pandemia, a gente conseguiu ter um aumento, um salto por meio das políticas públicas implantadas. É um salto de 0,3 pontos percentuais e é bem significativo”, ressalta.
Resultados entre os municípios
Além dos resultados por estado, o Ioeb 2021 apresenta os resultados por município brasileiro.
Neste ranking, a cidade goiana que mais se destaca é de Mossâmedes, que ocupa a 36ª posição com uma média de 5,9. Além de Mossâmedes, os municípios goianos mais bem colocados são Araçu (5,8), Itumbiara (5,7); Nova Iguaçu de Goiás (5,7); Goianésia (5,6); Itaberaí (5,6); Rio Verde (5,6); São Luís de Montes Belos (5,6); Anicuns (5,5) e Buriti de Goiás (5,5). A capital, Goiânia, ficou com uma média de 5,1.
Segundo Márcia Carvalho, a ideia é que os resultados por municípios sejam analisados de forma conjunta entre a Seduc, as Coordenações Regionais de Educação e as Secretarias Municipais de Educação. O objetivo é dar continuidade às análises sobre a qualidade da Educação oferecida pela rede pública, tanto estadual quanto municipais.
“Como a gente trabalha de forma integrada com os municípios, essa é uma oportunidade de mostrar como anda a Educação. Não depende somente da rede estadual, é um trabalho conjunto com as redes municipais”, destaca a superintendente. “A Secretaria de Educação hoje está em contato com todos os municípios através do programa AlfaMais Goiás, então a gente pretende mostrar e trabalhar isso diretamente com os municípios”, complementa a superintendente.
O Ioeb
Lançado em 2015, o Ioeb é um índice que capta as oportunidades educacionais ofertadas em municípios e estados brasileiros visando a garantir melhores oportunidades para o sucesso educacional das crianças, jovens e adultos de cada território. Criado pelos economistas Reynaldo Fernandes e Fabiana de Felicio, o índice é gerido pela Comunidade Educativa Cedac e divulgado a cada dois anos.
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