O Governo de Goiás, por meio das Secretarias de Estado de Saúde e da Educação, realizou nesta terça-feira (5/4) uma Live de conscientização sobre a importância da vacinação contra a Covid-19 e outras doenças imunopreveníveis, destinada às escolas estaduais e municipais de Goiás.
A Live foi transmitida às 14 horas, no Youtube, e acompanhada por estudantes e professores de diversas unidades escolares. A ação faz parte da Campanha Educativa de Vacinação nas Escolas, que deve ser executada anualmente, como determina a Lei estadual nº 17.205.
Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde do Estado de Goiás, Flúvia Amorim, as instituições de ensino são espaços importantes para orientação da população. “Consideramos a escola como um berçário de bons comportamentos, de um entendimento não só do currículo escolar, mas de outras situações da vida, especialmente da saúde e prevenção de doenças”, afirmou.
A secretária de Estado de Educação, Fátima Gavioli, também ressaltou o papel da escola na saúde pública. “A polêmica ao redor da vacina sempre existiu e a ciência sempre foi questionada. Esse sentimento está muito atrelado à falta de esclarecimento do quão importante é a vacinação no tempo certo e na idade certa. Por isso estamos fortalecendo essa campanha pela vacinação”, destacou ela.
Para Flúvia Amorim, esse tema torna-se ainda mais relevante no momento atual de pós-pandemia: “Espero que a pandemia tenha deixado um legado de quão importante é andar com base nas evidências científicas”, acrescentou.
Resistência à vacinação
A médica e técnica da Gerência de Imunizações da Superintendência de Vigilância em Saúde, Nádia Gabriel, pontuou que algumas pessoas têm medo de se vacinar por conta de mitos e notícias falsas, como a presença de mercúrio nas vacinas, a transmissão de gripe ao se vacinar contra o vírus e a necessidade da imunidade natural.
Todavia, a médica ressaltou que é seguro se vacinar, inclusive contra a Covid-19, porque todas as vacinas são verificadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Em relação aos efeitos colaterais, Nádia explicou que eles podem ocorrer, mas geralmente são isolados e duram até 72 horas. Após esse prazo, o paciente deve procurar uma unidade de saúde e notificar a Vigilância Epidemiológica de Evento Adverso Pós vacinação (VEAPV).
“Um dos maiores ganhos da saúde pública é a vacinação. Para ela ser efetiva, ela precisa não só de fatores individuais, mas também coletivos. É nossa responsabilidade como profissionais de saúde e educação conscientizar nosso público em relação à adesão à vacinação”, defendeu a doutora.
Doenças já controladas não dispensam vacina
A médica também chamou a atenção para o perigo de algumas doenças que foram controladas no Brasil, mas continuam circulando em outros países, como Poliomielite e Sarampo. “O que temos visto nesses últimos anos são índices de cobertura vacinal mais baixos. A gente não consegue atingir níveis ideais de cobertura e começamos a criar bolsões de suscetíveis. Sabemos que muitos países da Europa e da Ásia ainda tem o vírus em circulação e, em um mundo globalizado como vivemos, com facilidade de acesso a esses locais, esses vírus podem voltar a circular no país”, alertou Nádia Gabriel.
Segundo a médica, o que se busca com os altos índices de cobertura vacinal é manter a população protegida e conseguir que as doenças se mantenham controladas ou até erradicadas.
Saúde na escola
Além da campanha de vacinação, as escolas públicas de Goiás participarão também de uma programação especial do Programa Saúde na Escola (PSE) ao longo desta semana. Nesta quinta-feira (7 de abril), comemora-se o Dia Mundial da Saúde.
Por isso, de segunda a sexta-feira (4 a 8 abril), as escolas devem realizar com os estudantes atividades que abordem alimentação saudável, obesidade, gestão emocional, vacinação e prevenção contra a Covid-19, entre outros temas.
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