Participantes do 2º Bootcamp Low Code, em Pirenópolis, desenvolvem protótipos de aplicativos

A abertura do 2º Bootcamp Low Code foi realizada, nesta quarta-feira (4/5), em Pirenópolis. O evento é organizado pelo Governo de Goiás, por meio das secretarias de Estado de Desenvolvimento e Inovação (Sedi) e de Educação (Seduc) e pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Os principais objetivos do evento é desenvolver o pensamento computacional e criativo nos alunos e prepará-los para o Hackathon, que acontecerá na Campus Party, no próximo mês.

Durante o Bootcamp, alunos do 6º ao 9º ano estão desenvolvendo protótipos de aplicativos, a partir do método ‘’Low Code’’, em que é utilizada baixa codificação. Esse tipo de programação serve para apresentar prévias de plataformas e sites, sem que seja necessário o uso de métodos avançados de processamento. 

São 116 participantes divididos em 29 equipes, e cada uma é liderada por um professor. Todos os professores receberam capacitação para orientar os estudantes. A qualificação dos orientadores, realizada no início do ano, foi dirigida pelo engenheiro de software e pesquisador do Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia) da UFG, João Gabriel Junqueira da Silva.

Qualificação

De acordo com o engenheiro de software, a área de programação está em ascensão, no entanto, faltam profissionais qualificados. “Investir na formação desde agora e fazer com que alunos do Ensino Fundamental tenham contato com o Low Code para inventar e criar soluções tecnológicas é um meio de criar atalhos para o sucesso no mercado de trabalho. Eles já têm acesso a pitch de negócios e conceitos de empreendedorismo, o que reforça as ações de inovação que temos dentro do Ceia”, afirma João Gabriel.

O superintendente de Capacitação e Formação Tecnológica da Sedi, José Teodoro Coelho, ressalta que sair do espaço regular da escola e ir para um ambiente inovador faz total diferença na vida dessas crianças. “Hoje em dia programar está se tornando tão importante quanto aprender a ler e escrever”, diz. Ele cita ainda uma frase do ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama: “aprender essas habilidades não é importante somente para o seu futuro, mas para o futuro do nosso país”. 
 
Para a superintendente de Educação Integral da Seduc, Márcia Antunes, a vivência dos três dias de Bootcamp não é simplesmente um encontro, é para experienciar coisas novas e voltar para as escolas com uma mentalidade diferente. “O mercado de trabalho está atrás de pessoas inovadoras, criativas e que se dispõem a criar soluções. Nosso ponto com esse evento é justamente criar nos estudantes essa perspectiva”, defende.

Oportunidade

Para a professora Viviane Alencar, do Centro de Ensino em Período Integral (CEPI) de Catalão, o Bootcamp é uma oportunidade única. “Sou professora da rede estadual há 11 anos e nunca vi um empenho assim em implementar um trabalho envolvendo novas tecnologias. Eles [alunos] conseguem trabalhar facilmente com aplicativos e recursos digitais. Precisamos trazer isso para um contexto educacional que favoreça mais ainda o aprendizado deles”. Viviane diz ainda que os estudantes estão empenhados em pensar recursos novos para o trabalho. 

Exemplo disso é o aluno Caio Alves, de 14 anos. Segundo o adolescente, o grupo criou um protótipo de aplicativo voltado à mobilidade urbana. “Nossa ideia é desenvolver um app que mostra o trajeto de ônibus, a lotação e o tempo de deslocamento. Pensamos no conforto do cidadão no transporte público”, salienta. Caio diz também que no futuro pretende seguir uma carreira na área tecnológica. “Ainda estou em dúvidas, mas penso muito em programação de tratores. Talvez, engenharia agrônoma”. 

No total, são equipes de 23 CEPIs participando da programação, vindos de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Águas Lindas, Iporá, Catalão, Rianápolis, Formosa, Jaraguá, Goianésia, Goiatuba, Inhumas, Itaberaí, Jataí, Luziânia, Minaçu, Mineiros, Caldas Novas, Pontalina, Cidade Ocidental, Morrinhos, Pires do Rio, Trindade e Porangatu.

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