O período de volta às aulas do segundo semestre coincide com o aumento de casos da Monkeypox em todo o País. Declarada como emergência de saúde global pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é um dos dez países com maior número de casos confirmados, com 1.474 registros, incluindo um óbito. Em Goiás, as confirmações saltaram para 35, com ainda 42 casos suspeitos. Por isso é importante que alunos, pais e profissionais da área da educação fiquem em alerta para as medidas de prevenção e sintomas da doença.
A transmissão da Monkeypox ocorre por contato pessoais prolongados, o que faz da volta às aulas um motivo de preocupação. Geralmente, o contágio acontece por abraços, beijos, massagens, secreções respiratórias, relações sexuais e através do contato com objetos e superfícies com que uma pessoa doente teve contato. Com isso, a escola é um ambiente de risco considerável.
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) indica que medidas simples podem evitar a proliferação, como a frequente limpeza das mãos com álcool 70% ou com água e sabão e continuar usando máscaras em locais fechados. Deve-se ainda evitar compartilhar objetos de uso pessoal, roupas de cama e toalhas. É necessário também evitar contato físico com pessoas que possuem algum sintoma da infecção.
Até o momento, sabe-se que na África os casos mais severos ocorreram com mais frequência em crianças. Recentemente, três crianças foram diagnosticadas com Monkeypox na capital paulista e a rápida progressão da doença indica uma alta probabilidade de mais casos nesta faixa etária em outras regiões do país.
Outro ponto importante é a constante conversa entre pais e filhos sobre as doenças transmissíveis e as maneiras de prevenção. A conscientização que acontece em casa é muito eficaz em relação à mudança de comportamentos. Por isso, sempre que possível é necessário criar situações para esse tipo de diálogo com as crianças e adolescentes.
Sintomas
Os pais e os profissionais de educação devem ficar atentos aos sintomas da doença. Febre, dor de cabeça, inchaço dos gânglios linfáticos, dor nas costas, dor muscular, calafrios e exaustão são alguns deles. Os sintomas duram de duas a quatro semanas, denotada pelo surgimento de lesões na pele. O período de transmissão da doença se encerra quando as crostas das lesões desaparecem. O período de incubação é de seis a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
Por ser transmissível, a doença exige cuidados para a identificação dos pacientes, o isolamento, a notificação dos casos, a realização de testes laboratoriais e o monitoramento dos contatos. O tratamento é baseado em medidas de suporte com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e evitar sequelas.
Medidas de contenção e atualização de casos
O cenário epidemiológico da Monkeypox muda constantemente, com os números de casos aumentando consideravelmente todos os dias. No mundo, são mais de 22 mil casos confirmados, em 76 nações. Os dados são publicados a partir das notificações realizadas pelos serviços de saúde no País, por meio do RedCap.
As análises no Brasil podem ser acessadas no link: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/svs/resposta-a-emergencias/sala-de-situacao-de-saude/sala-de-situacao-de-monkeypox/atualizacao-dos-casos-no-brasil . Goiás também apresenta as informações epidemiológicas a respeito do agravo utilizando o campo destinado aos Informes através do link https://www.saude.go.gov.br/boletins-informes.
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás vem realizando uma série de medidas para conter o avanço da doença, como o monitoramento e vigilância dos casos e inclusão da Monkeypox nas discussões permanentes do Comitê de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE). Também já foram realizadas três grandes capacitações dirigidas a profissionais de saúde da rede pública e privada, para repassar os protocolos relativos ao manejo clínico, diagnóstico e conduta terapêutica, além das medidas de prevenção e controle.
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