A Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), divulgada nesta quinta-feira (15/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirmou a posição de destaque do agronegócio goiano no cenário nacional. O estudo com dados consolidados de 2021 destaca o crescimento recorde do valor da produção agrícola goiana no ano passado, em relação a 2020: 73,3%. O porcentual é o maior já registrado em Goiás desde o lançamento do Plano Real, em meados dos anos 1990.
De acordo com o IBGE, o valor da produção agrícola estadual atingiu R$ 62,8 bilhões – em 2020, foi de R$ 36,2 bilhões. Um dos fatores que contribuíram para o bom desempenho foi a ampliação da área plantada de todas as culturas em 6%, totalizando 7,4 milhões de hectares. O levantamento mostra que Rio Verde, Cristalina e Piracanjuba foram os maiores produtores de sorgo, tomate e girassol, respectivamente, do País. O Estado também dominou os rankings de maiores produtores municipais de sorgo e girassol. No primeiro caso, fechou o ano com 9 dos 15 principais produtores. No segundo, fez nada menos que 11 dos 15 maiores.
O maior impulso para o resultado do valor da produção agrícola de Goiás veio da soja, que respondeu por 55,1% do total. A alta no valor da produção da oleaginosa foi de 109,5%, chegando a R$ 34,6 bilhões. Rio Verde ocupou a quarta posição no ranking nacional de maiores produtores, com 1,47 milhão de toneladas. Jataí e Cristalina ficaram bem posicionados, 12º e 15º, respectivamente. Juntos, os três municípios responderam por 26% da produção total de soja do Estado, que foi de 13,7 milhões de toneladas.
O valor da produção de milho também subiu expressivamente, 95,2%, e somou R$ 14,8 bilhões. A produção de 10,8 milhões de toneladas do grão colocou Goiás na segunda posição do ranking de maiores produtores entre os estados. No ranking de municípios, Rio Verde (2º), Jataí (8º) e Montividiu (15º) foram os destaques goianos.
Outras culturas
A PAM trouxe ainda a informação de que Goiás dominou os rankings de maiores produtores municipais de sorgo e tomate. Nos dois casos, municípios goianos ocuparam quatro das cinco primeiras posições, e foram mais longe. O sorgo foi a quinta principal cultura agrícola goiana no ano passado. O valor da produção do grão cresceu 121,7% e atingiu R$ 1,3 bilhão no Estado. Rio Verde liderou o ranking nacional, seguido por Paraúna (2º). Entre os goianos, estiveram também Cristalina (3º), Goiatuba (4º), Acreúna (7º), Ipameri (10º), Piracanjuba (13º), Santa Helena de Goiás (14º) e Itaberaí (15º).
Goiás deixou uma marca relevante também no ranking de maiores produtores de girassol. Conquistou sete das 10 primeiras colocações e, no total, teve 11 municípios entre os 15 principais produtores. O líder do ranking foi Piracanjuba. Caldas Novas (4º), Ipameri (6º), Rio Verde (7º), Bela Vista de Goiás (8º), Vianópolis (9º), Joviânia (10º), Catalão (12º), Goiatuba (13º), Buriti Alegre (14º) e Itumbiara (15º) completaram a lista. Em 2021, a produção total goiana de girassol somou 36,7 mil toneladas.
Destaques
Rio Verde, Cristalina e Piracanjuba foram os municípios goianos com maior número de citações nos rankings de maiores produtores da PAM 2021. O município do Sudoeste goiano foi destaque em sorgo (1º), milho (2º), soja (4º) e girassol (7º). Cristalina apareceu em tomate (1º), sorgo (4º) e soja (15º). Já Piracanjuba foi citado nos rankings de girassol (1º), tomate (4º) e sorgo (13º). Vale destacar que Goiás manteve a posição de maior produtor de tomate do Brasil no ano passado, contabilizando 1 milhão de toneladas.
“A PAM 2021 traz excelentes notícias para Goiás. O agro goiano vive um grande momento, com recorde no valor da produção agrícola e posição de destaque nos principais indicadores do setor. Isso é fruto de um trabalho sério desenvolvido pelo produtor lá no campo, passando pelas entidades e pelo governo, que apoia com infraestrutura, crédito, assistência técnica, abrindo mercados e criando ou aperfeiçoando a legislação”, afirma o superintendente em exercício de Produção Rural Sustentável da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Ricardo Carneiro.
Ele destaca ainda a importância da divulgação da Pesquisa Agrícola Municipal. “É fundamental porque é uma radiografia do agro nos municípios. A partir dela, podemos desenvolver novas ações e projetos para incentivar o setor”, completa.
Sobre a PAM
A Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) é divulgada anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tomando como base os dados consolidados da produção de cada município no ano anterior. Segundo o IBGE, o levantamento investiga “os principais produtos das lavouras temporárias e permanentes do País que se caracterizam não só pela grande importância econômica que possuem na pauta de exportações, como também por sua relevância social, componentes que são da cesta básica do brasileiro”.
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