Um caso inusitado de aparente abandono de rebanho bovino em uma fazenda no município de Guarani de Goiás, no Nordeste goiano, mobilizou fiscais estaduais agropecuários da Agrodefesa, agentes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semad), policiais civis e bombeiros militares com o objetivo de salvar os animais que ainda estão vivos, dar destinação correta aos que já morreram e solucionar o problema. A operação conta com a participação também da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Guarani de Goiás.
Todos os animais da propriedade apresentavam elevada carência alimentar e dentre eles muitos encontrados mortos. Mesmo com a ocorrência de várias mortes, não há registro de enfermidade e por isso a Semad trata o problema como crime ambiental. Embora não seja questão relacionada à sanidade dos animais, área específica de atuação da Agrodefesa, a Agência está dando o apoio necessário à operação por determinação do presidente José Essado.
O médico veterinário Wesley Freitas Muniz, responsável pela Unidade de Atenção Veterinária da Agrodefesa em Iaciara, que atende também Guarani de Goiás, já esteve diversas vezes na propriedade, repassando orientações ao vaqueiro sobre as medidas urgentes para reverter o problema. Conforme dados cadastrais da Agrodefesa existiam 904 cabeças de bovinos com registro na propriedade.
O coordenador da Unidade Regional da Agrodefesa em Posse, Raymundo Machado de Souza Santos, informou que do total de animais, 138 já tiveram morte confirmada e 137 foram vendidos, ou seja, não estão mais na propriedade. Outros 180 foram destinados a um local adequado de confinamento para receberem alimentação e água. Um grupo de 331 animais foram transferidos para uma fazenda vizinha, onde recebem cuidados. Os técnicos ainda tentam localizar outros bovinos que estão no pasto para serem resgatados, sendo que muitos podem estar mortos.
Providências
Conforme Raymundo Machado, no local ainda existem animais caídos em situação de extrema fraqueza. A Agrodefesa e a Semad já notificaram o proprietário para que compre soro a fim de que os veterinários da Agência possam fazer a administração por via endovenosa. No momento, os animais mantidos na propriedade têm alimento para cerca de cinco dias, mas o proprietário foi alertado para a necessidade de adquirir mais silagem.
A Agrodefesa segue repassando orientações visando o salvamento dos animais, especialmente a oferta de alimento e água, a fim de evitar o surgimento de doenças pela queda da imunidade. Conforme ainda Raymundo Machado, a Agrodefesa agiu de forma rápida tão logo tomou conhecimento do problema, inclusive com ações durante o fim de semana e continua dando todo o apoio possível para que a situação seja resolvida, inclusive visitando diariamente à propriedade para avaliar a evolução dos animais vivos e repassar novas orientações,
Sobre a destinação dos animais que morreram, os técnicos da Agrodefesa, juntamente com os agentes da Semad, estão tomando providências para o devido destino das carcaças. Essa providência será tomada logo após a finalização das ações de socorro aos animais vivos. Vale destacar que eles são mantidos em pastos distantes das carcaças, sem risco de contaminação. A meta é descartar logo as carcaças para evitar doenças como o botulismo e outras.
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