A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), deflagrou nesta terça-feira (11/10) a Operação Cota Criminosa, que investiga uma organização criminosa com sede em Goiânia, a qual conta com membros em diversas cidades do Estado, cada qual com sua função dentro do grupo.
A operação deu cumprimento a 22 prisões preventivas, incluindo a de dois advogados, sequestro de cerca de R$ 35 milhões, sequestro de mais de 130 veículos, bloqueio de bens entre outras medidas cautelares e constritivas.
A atuação do grupo, resumidamente, consiste em criar diversas empresas em nome de “laranjas”, com auxílio de advogados e contadores, forjar a “saúde financeira” dessas empresas, realizar movimentações para aumentar o crédito e utilizar as empresas para participar de consórcios.
O grupo realiza pagamentos de lance (ou lances embutidos) e consegue a contemplação. Com a carta de crédito em mãos, adquirem diversos bens, especialmente caminhonetes, veículos de luxo (BMW, Lamborghini, Porsche, caminhonetes, etc) e vendem como “finam”, por cerca da metade do preço, passando apenas uma procuração ao novo proprietário.
Quando o consórcio vai atrás para cobrar, encontra apenas uma empresa fantasma em nome de moradores de rua, presos, etc. O esquema conta com os captadores de laranjas, os responsáveis pela criação das empresas, das fraudes para forjar a saúde financeira da empresa, os responsáveis pela venda dos veículos e outros membros.
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