Festival de Curta-Metragem reúne trabalhos de alunos do Novo Ensino Médio

Estudantes do Colégio Estadual Polivalente Professor Goiany Prates, de Goiânia, foram as estrelas do Cine Goiany – I Festival de Curta-Metragem. O evento, realizado no Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro nesta quarta-feira (30), apresentou curtas-metragens idealizados e produzidos pelos próprios estudantes dentro das disciplinas eletivas Cine I e Cine II.

Ao todo, 18 produções de alunos da 2ª e 3ª séries do Ensino Médio foram exibidas no festival. Além de informações, os curtas traziam a perspectiva dos estudantes sobre temáticas sociais como o racismo, a inclusão e o uso das redes sociais.

“O projeto foi pensado para ser trabalhado na perspectiva de desenvolver habilidades e a formação crítica dos alunos, o protagonismo através do audiovisual. O audiovisual traz essa autonomia para eles, proporciona o desenvolvimento de diversas habilidades ao trazer a autoria, a execução daquilo que eles desejam falar, desejam pesquisar”, conta a coordenadora do projeto, Thaisy Gomes.

De acordo com a coordenadora, o projeto teve início dentro da perspectiva do Novo Ensino Médio. Com a adoção do modelo pela rede estadual de ensino, a unidade passou a ofertar as disciplinas eletivas para a escolha dos estudantes das 2ª e 3ª séries do Ensino Médio. Dentre as diferentes opções, estavam as eletivas de Cine I e Cine II, que contemplavam as atividades do cine clube.

“Os professores viram isso (disciplina eletiva) como uma proposta dinâmica para trabalhar dentro do currículo básico, de acordo com cada disciplina. E a gente percebeu que todos têm buscado essa parceria com o Cine para desenvolver atividades dentro das suas disciplinas”, explica Thaisy Gomes sobre a interdisciplinaridade da proposta.

Como resultado, foram criadas mais de 40 produções audiovisuais, incluindo documentários, entrevistas e filmes-carta. Dentre essas, 18 foram selecionadas para apresentação no I Festival de Curta-Metragem.

Os participantes

Maryane Beatriz Fernandes Gonçalves, da 3ª série do Ensino Médio, é uma das participantes do Cine Clube e conta que um dos desafios do grupo foi conciliar os diferentes talentos e habilidades.  

“Todo mundo tem uma diferença em relação aos talentos e afinidades, então unir todo mundo, incluir todo mundo é a parte mais complicada que a gente tem. Mas, no final, deu tudo certo. Foi aos trancos e barrancos, mas a gente foi aprendendo junto”, relata a jovem, que assumiu as funções de diretora e roteirista no curta “Modernismo”.

Quem também explorou suas habilidades na disciplina foi o jovem Gabriel de Oliveira, da 3ª série do Ensino Médio. “Eu tinha o certificado de um curso que eu fiz, só que eu nunca usei. Só que muito do que eu aprendi já não estava lembrando e acabou que isso foi bom para aflorar tudo o que eu sabia”, destaca o estudante, que pretende seguir carreira na área de produção audiovisual.

Para além do desenvolvimento pessoal, o projeto funcionou, ainda, como ferramenta de engajamento e combate à evasão na escola. “Uma coisa que me incomodava na escola era que o ensino era muito fechado e, com o Cine Clube, a gente conseguiu ter uma forma de aprender diferenciada. A gente pode exercitar a nossa imaginação, nossa criatividade e aprender de uma forma que cativasse os alunos. E essa eletiva faz você pensar se vai ser um futuro bom para você, se você se encaixa nisso e eu achei muito bom o projeto”, conta Mariana Soares Andrade, também aluna do Ensino Médio, que anseia pela continuidade da ação no próximo ano.

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