Quinze horas foi o tempo que a Centrais de Abastecimento de Goiás ficou sem energia elétrica na última segunda-feira, dia 16, no início da semana, durante momento de maior movimento no entreposto devido o mercado não funcionar aos domingos.
A primeira notificação da falta de energia foi registrada às sete horas da manhã, o mercado começa a funcionar às quatro horas da manhã, no auge das transações, e só estabilizou por volta de 22 horas.
Perda de duas toneladas de alimentos
Com a interrupção do fornecimento de energia foi verificada a perda de cerca de duas toneladas de alimentos perecíveis, sendo que as oscilações no fornecimento, com quedas abruptas, foram causadoras de danos em equipamentos de informática e lâmpadas elétricas nas empresas parceiras.
De acordo com a Divisão de Engenharia e Infraestrutura da Ceasa-GO, um fusível foi o motivador da falta de energia e, para solucionar o problema, houve a substituição do equipamento por um mais potente.
Também foi necessária a troca do cabeamento que alimenta a cabine de alta tensão da empresa.
Para o presidente da Ceasa-GO, Jadir Lopes de Oliveira, as medidas adotadas para solucionar o problema foram adequadas e até dentro do esperado, porém a demora em atender aos chamados deixou muito a desejar.
Segundo ele, para se chegar à descoberta da falha foram necessárias duas quedas no fornecimento de energia, tão logo o problema tivesse sido aparentemente solucionado. Com isso, houve a necessidade de várias visitas das equipes ao entreposto, sendo que o retorno da Equatorial para dar nova solução, demorava um período muito longo em termos de realidade da Ceasa, que trabalha com alimentos altamente perecíveis.
Segundo a gerente da Divisão de Engenharia, Raiane Batista, foram três contatos feitos com a empresa, em todos eles o atendimento foi agendado para mais de duas horas, o que para uma central de abastecimento de alimentos é um período muito longo e passível de perdas e transtornos.
O primeiro contato com a Equatorial aconteceu por volta de sete da manhã de segunda-feira e cujo atendimento foi marcado para 10h30; o segundo contato feito pela Ceasa aconteceu às 11h30, assim que foi verificada nova queda, sendo que a visita técnica foi marcada para às 13h50.
Com o restabelecimento precário e nova queda, às 13 horas foi feito um novo chamado com previsão de atendimento para as 15h30.
Foi na última visita da equipe da Equatorial ao entreposto e quando ficou constatada a necessidade da mudança do cabeamento de alta tensão, que foi realizada por uma empresa terceirizada pelas Centrais de Abastecimento.
Transtornos e inúmeros prejuízos
Na terça-feira, pela manhã, o clima do mercado do entreposto ainda era de consternação diante do acontecido, principalmente na Rua do Milho e da Mandioca, onde os comerciantes não contam com câmaras frigoríficas e geradores e armazenam o alimento, já descascado e beneficiado para venda, em freezers comuns, que ficaram desligados.
Houve perdas e transtornos também nos setores das hortaliças mais frágeis e frutas finas, porém, menores, já que, com as câmaras frias, houve uma tolerância maior ao calor.
O presidente da Ceasa-GO entende que, pelo próprio caráter de empresa de alimento e de abastecimento que tem a Ceasa – a empresa atende Goiás e todo o Centro-Norte do país –, e pelo impacto que pode causar, inclusive no fornecimento de alimentos ao consumidor final, deveria haver por parte da companhia energética uma política de prioridade no atendimento desse tipo de chamado.
“Afinal, somos todos parte do Estado de Goiás e prejuízo para a Ceasa pode significar prejuízo para a sociedade e economia goianas”, completou Jadir.
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