Com Marconi Perillo à sua frente, o PSDB vive o seu ocaso em Goiás. E antes que o partido encerre o seu ciclo no Estado, de forma melancólica, o ex-governador prepara a sua saída da sigla.
Depois de quatro mandatos, Marconi deixou o governo de Goiás em abril de 2018, para disputar mandato de senador. Parecia que estava tudo certo e determinado para mais uma vitória do tucano, ainda que muitos aliados tenham orientado o ex-governador a disputar mandato de deputado federal.
Marconi encarou a disputa e acabou em quinto lugar, ficando atrás até mesmo de Lúcia Vânia. A rejeição ao tucano era tamanha que vários aliados dele também perderam a eleição.
Em 2022, Marconi fez mistérios sobre sua candidatura. Ensaiou até a última hora uma candidatura ao governo. Mas no fundo ele estava de olho na vaga do Senado. E foi à disputa. Mais uma derrota. Dessa vez ainda foi pior. Além de perder, viu o PSDB desidratar ainda mais. Elegeu apenas três deputados, dois estaduais e um federal. Um desempenho pífio para a legenda que dominou a política em Goiás durante 20 anos seguidos.
Humilhado e fora do debate político, Marconi agora ensaia uma saída honrosa do PSDB. Aliados dele deram entrevistas afirmando que ele deve ir para o PSB, partido que abrigou o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente da República.
Marconi chegou a reclamar, em 2022, que o PSDB nacional teria impedido ele de apoiar o então candidato Lula, do PT, na eleição em Goiás. Acreditava que essa aliança poderia ter lhe rendido mais votos. Marconi fora do PSDB é um bom sinal. Para o partido, que pode ser dirigido por jovens lideranças, como Ava Santiago, vereadora em Goiás, um brilho de luz e renovação no ninho tucano. Se mudar, Marconi será problema do PSB.