Já está em vigor o decreto do Governo federal que vai combater a falta de assistência sanitária que atinge os ianomâmis, no Estado de Roraima.
O Ministério da Saúde, por meio do Centro de Operações de Emergências, quer planejar, organizar, coordenar e controlar as medidas a serem empregadas para salvar o povo ianomâmi que passou os últimos anos por desassistência e dificuldade de acesso aos atendimentos de saúde.
Segundo a pasta dos Povos Indígenas, 570 crianças ianomâmis morreram por contaminação por mercúrio, desnutrição e fome, devido ao impacto das atividades de garimpo ilegal na região. O local é palco de conflitos violentos entre garimpeiros ilegais e indígenas. Além disso, a população de índios sofre com a negligência do governo do Estado e dos quatro anos do Governo Bolsonaro.
Casos de desnutrição e insegurança alimentar, principalmente entre as mais de 5 mil crianças da região foram registrados. Profissionais de saúde relatam falta de segurança e vulnerabilidade para continuar os atendimentos, dificultando ainda mais a assistência médica aos indígenas.
Caos – O MPF aponta a crise desde 2021, inclusive com desvio na compra de remédios. Como causas para o pedido, o MPF destacou a piora nos quadros de desnutrição, mortalidade infantil e malária. O Ministério dos Povos Indígenas e da Saúde vão decretar Crise sanitária e humanitária. O Governo Federal decretará o estado de calamidade pública.
O presidente Luís Inácio Lula da Silva e a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara estiveram no local. Flávio Dino, ministro da Justiça, determinou que haja um inquérito para apurar genocídio na área indígena. O ex-presidente Jair Bolsonaro foi criticado durante seu mandato por enfraquecer os órgãos de apoio aos indígenas e por defender a liberação do garimpo ilegal em territórios cuidados pelos povos originários.