O governador Ronaldo Caiado assinou, nesta segunda-feira (30/1), a ordem de serviço para restauração da Catedral de Sant’Ana, na cidade de Goiás. A obra terá serviços de revisão do telhado, forros, pisos, sistemas elétricos, entre outras intervenções. Os trabalhos começam em abril deste ano por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
Tombado como Patrimônio Histórico, o templo religioso é significativo para toda a comunidade vilaboense.
“A partir da Semana Santa, faremos a recuperação de toda a estrutura da igreja com investimento de R$ 3.075 milhões. Agora, sim, será uma Catedral digna!”, comemorou o governador Ronaldo Caiado.
O pároco da igreja, Augusto Cezar Silva Pereira, agradeceu o início da obra. “Estamos alegres pois a Catedral de Sant`Ana é mais que uma estrutura arquitetônica, tem a ver com a fé e a vida das pessoas. Um templo restaurado significa um novo frescor, um sentimento de alegria, de ânimo, de bem-estar”.
Fé, Religiosidade e Devoção
Com o objetivo de preservar o patrimônio cultural, a Secult executa o projeto Fé, Religiosidade e Devoção com investimento de R$ 18,5 milhões para restaurações de 10 igrejas em todo o Estado: Igreja de Nosso Senhor do Bonfim (Pirenópolis), Igreja do Nosso Senhor do Bonfim (Silvânia), Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos (Jaraguá), Igreja de São José (Mossâmedes), Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Luziânia), Igreja de Nossa Senhora Aparecida (Aparecida de Goiânia). Além das igrejas Nossa Senhora Aparecida, Santa Bárbara, São João Batista do Arraial de Ferreiro e a Catedral de Sant’Ana, na cidade de Goiás.
Yara Nunes, secretária interina da Cultura, ressalta que preservar os edifícios históricos é preservar a cultura goiana, já que estes locais não representam apenas um espaço físico. Mas são guardiões da memória, tradições e manifestações culturais. Ainda atraem grande quantidade de fiéis que precisam de condições dignas para exercerem sua fé.
História
A Catedral de Sant´Ana começou a ser construída de forma rudimentar em 1743 pelo Ouvidor Geral de Goiás, Manoel Antunes da Fonseca, que resolveu demolir a antiga capela que existia no mesmo lugar para edificar outra compatível com o crescimento da cidade.
Em 1759, o teto desabou e a população foi obrigada a arcar com os custos da recuperação. Depois, a igreja passou por um grave incêndio e entrou em processo de arruinamento até o século XX.
Na década de 1930, durante a mudança da capital do estado para Goiânia, a matriz ganhou o título de catedral. Com uma história de inúmeras reformas e reconstruções, teve seu projeto alterado diversas vezes. Só em 1998, a Diocese de Goiás, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), restaurou a igreja.
Estrutura
A Catedral conta com um conjunto de cinco murais produzidos no ano de 1997 pelo artista plástico e sacerdote espanhol Cerezo Barreto. O edifício possui elementos típicos do estilo neoclássico.
A planta apresenta nave, presbitério, capela-mor, sacristia e duas capelas laterais. A nave é separada das capelas laterais por uma sequência de pilares. A fachada principal tem dois frontões; quatro pilastras semi embutidas; uma porta almofadada de madeira e quatro janelas metálicas, tipo basculante.
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