O comércio e o setor de serviços em geral se anteciparam para estender o período de promoções da Black Friday (24/11), que promete injetar R$ 15,5 bilhões na economia brasileira, de acordo com pesquisa encomendada pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e de Serviços (Abecs).
O mesmo levantamento mostra ainda que o cartão de crédito deve ser responsável por 44% da movimentação financeira na data, seguido pelo Pix, com 33%, pelo dinheiro em espécie, com 27%, e pelo cartão de débito, com 22% das compras. Apenas 5% da clientela deve optar pelo boleto.
O Procon Goiás divulga algumas orientações para evitar que o consumidor seja vítima de golpes neste período.
Falsas promoções da Black Friday
De acordo com o superintendente do órgão, Levy Rafael Cornélio, para evitar as falsas promoções é preciso se programar com antecedência e pesquisar os preços.
Uma vantagem para o consumidor é a Lei Estadual 19.607/2017, que obriga os fornecedores a informar ao consumidor o histórico dos preços dos últimos 12 meses. A relação deve ser fixada junto aos produtos e ser de fácil visualização pelos consumidores.
O Procon é o órgão responsável pela fiscalização desta lei, e o comércio que for flagrado em descumprimento será autuado. A palavra de ordem é a boa e velha pesquisa. Confira tamanho, modelo e preço do produto e compare com outros vários antes de tomar a decisão.
Outra preocupação, acrescenta Levy, deve ser com o controle do orçamento, uma vez que muitas famílias costumam extrapolar o consumo no final do ano e se endividar.
“Ponha as contas em uma planilha e lembre-se que, no início do ano, há uma série de despesas que pesam no bolso, como a matrícula escolar, compra do material escolar, pagamento de impostos etc”, finaliza.
Compras on-line
Cerca de 80% dos brasileiros pretendem aproveitar o período promocional para fazer compras on-line, segundo pesquisa produzida pela empresa de análise de comportamento do consumidor Nielsen|Ebit, em parceria com a Bexspay. Os eletrônicos e eletrodomésticos são os objetos de maior desejo.
O superintendente Levy Rafael recomenda muita atenção nas compras on-line e faz um alerta:
“Evite comprar nas lojas que não são brasileiras, porque nelas não se aplica o Código de Defesa do Consumidor (CDC). O CDC se aplica para empresas que comercializam no Brasil”, afirma.
Nesse caso, a orientação é comprar de plataformas, com sede no Brasil, que fazem o intermediação das transações envolvendo produtos importados e que podem responder solidariamente, ou seja, serem responsabilizadas em caso de prática de infrações contra o consumidor.
Pagamento
Em relação ao pagamento, tenha cuidado. Quando optar pelo PIX, confira os dados do destinatário e se a negociação envolve um CNPJ.
Também fique atento em relação aos boletos. A Serasa possui cinco dicas que o consumidor pode identificar quando se trata de boleto falso (código de barras, fonte de emissão do boleto, dados do boleto bancário, valor e dados do beneficiário). Veja o material completo: www.serasa.com.br/premium/blog/boleto-falso/
Sites falsos
Também é preciso redobrar a atenção com as fraudes realizadas em sites falsos, que se multiplicam nesta época do ano, em decorrência de maior volume de compras com a proximidade do Natal e Ano Novo.
Verifique, junto aos sites de busca, a lista de falsos sites e também consulte no Reclame Aqui se há reclamações contra aquela empresa em que pretende comprar.
“É preciso desconfiar dos produtos com valores muito baixos. Isso pode ser um atrativo para que você caia num golpe. Isso pode ser um gatilho para que você caia num golpe. Não existe almoço grátis”, alerta Levy.
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