A saúde das lavouras goianas é uma das prerrogativas da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), que busca com orientação e fiscalização prever doenças e pragas, e empenhar esforços na mitigação diante do aparecimento. Como parte do trabalho preventivo, está a atuação diante do comércio clandestino de mudas.
Esse tipo de comércio, ao ser feito fora dos estabelecimentos registrados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e fiscalizados pela Agrodefesa, se transformam em portas abertas para a disseminação de vírus e bactérias, altamente prejudiciais à sanidade no campo.
Comércio clandestino
Munidos desse objetivo, o fiscal da Gerência de Fiscalização, Senival Nunes, acompanhado da equipe da regional Rio das Antas: Geraldo Santana, Anna Lídia Macedo e Lomato Félix realizaram a apreensão e o descarte de mudas de várias espécies, dentre elas Citrus e de Uva, que estavam sendo comercializadas indevidamente na cidade de Anápolis.
Eles contaram com o apoio da Polícia Militar durante a operação, que teve o caráter educativo dos comerciantes vindos em dois caminhões de São Paulo.
Conforme explica o coordenador da regional Rio das Antas, Marcelo Sales Guimarães, os fiscais atuaram amparados pela Instrução Normativa Estadual nº004/2011, que proíbe o comércio ambulante de sementes, mudas e demais partes propagativas de vegetais.
“A medida é necessária para proteger os pomares goianos da introdução e disseminação de pragas e doenças ausentes no Estado, ou com baixa prevalência”, explica.
Diante da abordagem da Fiscalização Móvel da Agrodefesa, os comerciantes foram orientados quanto à ilegalidade da prática e conduzidos ao Aterro Sanitário de Anápolis para acompanharem a inutilização das mudas com potencial de veicular doenças aos cultivos de Goiás, conforme preconiza a legislação pertinente.
Levantamento fitossanitário de Citrus
Paralelo ao trabalho de fiscalização, a Agrodefesa tem realizado o levantamento fitossanitário das lavouras de citrus, com vistas a mapear a presença de Cancro Cítrico, e garantir a ausência do HBL/Greening, considerada a pior praga mundial em Citrus.
O HBL/Greening não foi registrado nas lavouras goianas, mas já foi identificada em Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, sendo esse último estado o mesmo de onde vieram as mudas identificadas e descartadas na operação.
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