A quarta edição da Festa do Pequi das Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa/GO) reuniu mais de três mil pessoas, sendo que cerca de quatro mil refeições foram servidas, já que o evento contou com a maior panela de arroz com pequi do mundo.
O evento que já se tornou uma tradição em Goiás foi nesta quarta-feira (23/10) em dez tendas montadas ao lado do Mercado do Produtor (Pedra 1). A celebração acontece já na temporada do pequi e contou com apresentação de artistas da própria Ceasa.
Festa do Pequi
Para o preparo da maior panela de pequi do mundo, foram utilizados 50 sacas de pequi, 300 quilos de carne e a mesma quantidade de arroz. A receita leva ainda 20 quilos de sal, 10 quilos de caldo de carne em pó, 60 quilos de cebola e 10 litros de pimenta. Os participantes da Festa puderam acompanhar todo o processo de cozimento e interagir com os cozinheiros.
Durante a festa, também teve inaugurações importantes para a central, como a reconstrução da malha asfáltica do entreposto e as revitalizações do Mercado Não Permanente do Comerciante (GNPC-2), a Pedra 2, onde o pequi é comercializado de setembro a março de cada ano.
Entre as autoridades presentes, o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende, destacou que o Governo de Goiás é hoje um dos grandes incentivadores da cadeia produtiva pequizeira e que um dos resultados desse empenho foi o crescimento de 21,8 % da extração do fruto em Goiás.
“A produção de pequi tem muito a ganhar com o fortalecimento das agroindústrias de pequeno porte, que podem processar o fruto, transformando o produto e agregando valor”, concluiu ele.
Números do pequi
Na Ceasa/GO, o pequi é vendido no GNPC-2, a Pedra 2, e chega ao entreposto em caminhões vindos das zonas extratoras. No entreposto, o fruto começa a chegar em setembro. Dessa época até meados de outubro, as vendas são mantidas com o pequi goiano e tocantinense. Nesse período, dá entrada na companhia as cargas da produção goiana vindas do norte goiano, de cidades como Porangatu, Crixás e Santa Tereza.
Com menos expressividade, o pequi matogrossense pode ser encontrado no mercado em meados do mês de novembro. Já o fruto mineiro chega em maior volume e pode ser encontrado na Ceasa em dezembro e mantém a demanda até janeiro.
De acordo com levantamento da Divisão Técnica da Ceasa/GO, na safra 2022/2023, foram comercializadas na Ceasa/GO 6.414 toneladas de pequi, o que perfaz uma movimentação financeira na ordem de R$ 10,4 milhões.
Já na safra 2024/2025, que começou recentemente e vai até março de 2025, já entraram na empresa 1.174 toneladas, número considerado relevante, apesar da seca e das queimadas que afetaram o país – em especial o Cerrado – na estação seca.
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