A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) concluiu nesta terça-feira (17/6) as principais ações emergenciais de contenção e erradicação do foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP – H5N1), registrado em aves de subsistência no município de Santo Antônio da Barra, no sudoeste goiano.
A Agrodefesa reforça que o consumo de carne de aves e ovos segue seguro. O caso não envolveu granjas comerciais e não há impacto econômico para o setor produtivo.
O trabalho foi executado com o apoio de diversas instituições e coordenado pelo Centro de Operações de Emergência Zoossanitária (Coezoo). A atuação seguiu três frentes principais.
No foco, as equipes da Agrodefesa realizaram a eliminação de cerca de 233 aves, entre doentes e que entraram em contato, e a desinfecção de todas as instalações usadas na criação, totalizando 22 mil metros quadrados. Os animais foram enterrados em valas sanitárias, conforme as diretrizes do Plano Nacional de Contingência da Influenza Aviária.
Nas zonas de vigilância, foram vistoriadas 194 propriedades em um raio total de dez quilômetros do foco. As 25 propriedades mais próximas, que estavam na zona de três quilômetros da propriedade, receberam dois ciclos de inspeção. Também foram instaladas duas barreiras sanitárias, com cerca de 200 abordagens para orientação e desinfecção de veículos.
A terceira frente de trabalho envolveu ações de educação sanitária com a população da região. Equipes da Agrodefesa realizaram 350 visitas domiciliares e ações em escolas, feiras e comércios, impactando diretamente cerca de 1,3 mil pessoas com informações sobre prevenção e notificação da doença.
“Mesmo sendo um caso em aves de subsistência, sem impacto comercial direto, nossa atuação foi rigorosa, rápida e coordenada. Mostramos que o Estado está preparado para enfrentar situações como essa com eficiência e seriedade. A resposta foi proporcional ao risco, com foco em preservar nossa credibilidade sanitária e proteger a avicultura goiana”, afirmou o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.
O diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, Rafael Vieira, que coordenou a força-tarefa, reforça a importância dos resultados obtidos.
“As ações de vigilância foram amplas e detalhadas, e, até o momento, não identificamos novos casos da doença nas propriedades inspecionadas. Isso é um indicativo de que o trabalho foi efetivo. Agora entramos em uma nova etapa, com o vazio sanitário na propriedade afetada e continuidade da vigilância nos arredores”, explica.
A gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Denise Toledo, que coordenou as operações, também ressalta a mobilização da equipe técnica, dos profissionais que atuaram no planejamento das atividades e a aplicação de protocolos com excelência.
“Desde a primeira notificação, atuamos com precisão e estratégia. A execução foi exemplar, e conseguimos cumprir as etapas do plano de contingência com agilidade, garantindo a biosseguridade da região”.
Próximos passos
Nesta terça-feira (17/6), começou o período de vazio sanitário na propriedade foco, com duração mínima de 28 dias. Durante esse tempo, fica proibida qualquer nova criação de aves no local. As atividades de vigilância também continuam: as equipes retornarão a cada dois dias ao foco e semanalmente às propriedades da zona de vigilância.
Além disso, o Centro de Operações de Emergência será desmobilizado, e os dados coletados durante a ação passarão por avaliação técnica para orientar possíveis medidas complementares.
Atuação conjunta
O trabalho da Agrodefesa foi reforçado pela parceria com órgãos estaduais e municipais, como as prefeituras de Santo Antônio da Barra e Rio Verde, a Polícia Militar (Batalhão Rural), o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil, as Secretarias de Saúde e o Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás (Fundepec), além da iniciativa privada.
“A união entre as instituições foi fundamental para esse resultado. Colocamos em prática um plano que já conhecíamos e agora temos a convicção de que estamos preparados. A equipe da Agrodefesa demonstrou capacidade técnica, agilidade e comprometimento. Foi uma atuação exemplar para proteger a saúde pública e a economia do Estado”, reforça o presidente José Ricardo Caixeta Ramos.
O prefeito de Santo Antônio da Barra, José Cândido, destaca o papel do município. “Não esperávamos essa situação, mas o foco foi detectado aqui e enfrentamos com união. A equipe da Agrodefesa foi precisa no trabalho. A população pode ficar tranquila, pois as ações foram executadas com responsabilidade”.
O órgão orienta a população a continuar atenta aos sinais da doença nas aves e a notificar imediatamente qualquer suspeita por meio do WhatsApp (62) 98164-1128.
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