O Hospital Estadual de Formosa (HEF), unidade do Governo de Goiás administrada pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), realizou, na sexta-feira (18/07), a segunda captação de órgãos de 2025, realizada apenas uma semana após a primeira do ano. Com esse procedimento, a unidade alcança a marca de oito captações realizadas nos últimos anos.
O procedimento possibilitou a doação de fígado, córneas e rins, graças à decisão generosa da família de um paciente de 53 anos, que autorizou a doação após a confirmação da morte encefálica, conforme os protocolos clínicos e legais vigentes.
Os órgãos foram encaminhados às respectivas Centrais de Transplantes: o fígado seguiu para a Central Nacional de Transplantes (CNT), com destino a Campo Grande (MS), enquanto os rins e as córneas foram direcionados à Central Estadual de Transplantes de Goiás (CET-GO).
O procedimento evidencia o preparo técnico e a dedicação da equipe multiprofissional envolvida em todas as etapas, sempre guiada por princípios éticos, sensibilidade e respeito às famílias dos doadores.
Acolhimento e respeito no processo de captação
O processo de captação de órgãos é cuidadosamente conduzido pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott), que atua desde a confirmação do diagnóstico até o apoio à família.
Após os exames que confirmam a morte encefálica, conforme determina a legislação, a equipe da Cihdott informa à família sobre a possibilidade de doação, com acolhimento e sensibilidade diante do momento delicado.
Nesse cenário, o suporte da equipe multiprofissional, composta por médicos, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, enfermeiros e demais profissionais, é essencial para garantir um ambiente de escuta, respeito e amparo emocional.
O trabalho conjunto torna possível transformar a dor da perda em um gesto de vida e esperança para quem aguarda na fila de transplantes.
Para a diretora do HEF, Bruna Mundim, o trabalho realizado pela Cihdott é uma demonstração do compromisso da unidade com a vida e com o cuidado centrado nas pessoas.
“A doação de órgãos é um gesto de generosidade que salva vidas e inspira esperança. No HEF, temos uma equipe preparada e comprometida em garantir que todo o processo ocorra com responsabilidade, acolhimento e respeito”, esclarece a diretora.
“Cada captação representa não apenas a possibilidade de recomeço para quem aguarda por um transplante, mas também o reflexo do cuidado humanizado que buscamos oferecer diariamente”.
“Nosso compromisso vai além da assistência médica, pois busca também fortalecer o vínculo de confiança com a população e reafirmar o papel essencial do hospital na rede pública de saúde de Goiás”, destaca Bruna Mundim.
Conscientização e diálogo: o papel das famílias na doação
A doação de órgãos só é possível com a autorização da família após a confirmação da morte encefálica. Por isso, é fundamental que as pessoas comuniquem seu desejo de serem doadoras ainda em vida. Esse gesto de empatia e consciência pode fazer toda a diferença.
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