O Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) celebra avanços significativos na reabilitação auditiva. Desde 2012, o serviço de implante coclear da instituição beneficiou 345 pacientes com a cirurgia, proporcionando uma nova realidade para pessoas com perda auditiva severa ou profunda.
Além disso, o Crer é um dos cinco centros de referência do Brasil habilitados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para a troca e manutenção dos processadores, atendendo atualmente 167 pacientes goianos.
Implante coclear no Crer
Atualmente, mais de 474 pessoas recebem acompanhamento de reabilitação auditiva no hospital, vindas tanto do Crer quanto de outros centros do SUS. A reabilitação é conduzida por uma equipe multiprofissional, composta por otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos, musicoterapeutas, psicólogos e assistentes sociais, garantindo um cuidado individualizado e humanizado.
De acordo com a supervisora de Reabilitação Auditiva do Crer, Jaqueline Borges de Oliveira, o implante coclear representa uma verdadeira revolução na medicina.
“É uma tecnologia que permite que um bebê, que nasce sem audição, escute pela primeira vez e desenvolva a fala. Também restaura parte da qualidade de vida de um adulto com perda auditiva profunda. Quando os aparelhos auditivos não são suficientes, o implante é a melhor alternativa. É uma cirurgia rápida, segura e com excelente recuperação”, afirma.
Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2017 e 2020, foram realizadas 2,1 milhões de procedimentos em saúde auditiva na região Centro-Oeste do país. No Brasil, foram 26,7 milhões de procedimentos voltados à saúde auditiva, entre eles, a concessão de próteses como o Aparelho de Amplificação Sonora Individual, Sistema de Frequência Modulada, Prótese de Implante Coclear e Prótese Auditiva Ancorada no Osso, o que demonstra a relevância dessa área no sistema público de saúde.
Esperança
Essa é a realidade vivida pelo pequeno Henry Gonçalves de Oliveira, de apenas 1 ano, que iniciou seu tratamento no Crer após ser diagnosticado com surdez profunda ainda na maternidade. A mãe de Henry, Kéren Maressa Alves Gonçalves, conta que o diagnóstico foi um choque, mas o acolhimento e os resultados no Crer trouxeram esperança.
“Foi muito difícil no começo. A gente descobriu logo no teste da orelhinha, mas graças a Deus e à medicina, existe tratamento. O Crer foi uma bênção na nossa vida e o Henry tem evoluído muito, interagindo com a gente, já responde aos estímulos. Ele nem tenta tirar o aparelho, parece entender o valor que aquilo tem”, comenta Kéren.
A fonoaudióloga Larissa Chaves, responsável pelo acompanhamento de Henry, destaca a importância do tempo no sucesso do tratamento.
“Conseguimos fazer tudo no tempo ideal: a cirurgia antes de um ano de idade e a ativação precoce do implante. Agora iniciamos o trabalho com as habilidades auditivas e ele já responde aos sons, começa a buscar por eles. Isso tudo acontece dentro do universo lúdico da criança, em atividades que favorecem o desenvolvimento da linguagem e da fala”, ressalta.
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