O Dia Mundial da Paralisia Cerebral, celebrado em 06 de outubro, é marcado pela luta contra o preconceito e pela conscientização sobre essa condição neurológica que afeta mais de 17 milhões de pessoas em todo o mundo.
O Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) é referência no atendimento integral e especializado voltado à melhoria da qualidade de vida dos pacientes com diagnóstico de paralisia cerebral.
“Somos um centro especializado em reabilitação referência no Centro-Oeste e pioneiro no modelo de atendimento ao paciente com paralisia cerebral”.
“Nosso trabalho é desenvolvido por meio de programas estruturados, como o de reabilitação infantojuvenil e o de reabilitação visual, que contam com o suporte de terapias especializadas”, destaca o gerente de Reabilitação Física e Visual da unidade do Governo de Goiás.
O gerente cita, por exemplo, hidroterapia, equoterapia, estimulação precoce e gameterapia, além do apoio fundamental da oficina ortopédica.
“Mais do que ofertar cuidado em saúde, buscamos empoderar nossos pacientes e seus familiares sobre a deficiência, uma das mais comuns na infância. A informação rompe barreiras e abre caminhos para essas famílias”, acrescentou.
Com cerca de 500 pacientes com paralisia cerebral em acompanhamento, o Crer oferece tratamento especializado a crianças, jovens e adultos. As terapias e acompanhamentos, individuais ou em grupo, contribuem para o desenvolvimento global dos pacientes, promovendo mais autonomia, inclusão e qualidade de vida.
Falta de oxigenação
Entre as pacientes atendidas está Valentina de Souza Lobo, de 7 anos, que realiza tratamento no Crer desde 2021.
“A Valentina nasceu prematura, de 30 semanas, e por conta dessa prematuridade houve falta de oxigenação, o que desencadeou a paralisia cerebral. Mas ela é uma criança muito alegre, parece até que não tem a deficiência, afetou mais a parte motora. Ela vai à escola, participa das terapias e está sempre feliz”, lembrou a mãe da criança, Thays Michely de Souza Cardoso.
“Desde que começamos o tratamento no Crer, percebi muita evolução. Antes, ela não sentava e tinha pouco controle de tronco. A equoterapia ajudou demais, assim como a fisioterapia, a terapia ocupacional, a hidroterapia e, mais recentemente, a terapia visual”, relata a mãe da paciente.
“Hoje ela já senta, rola, fica de pé com apoio e até dá alguns passos com o andador. Antes, ela não conseguia fazer nada disso. Se não fossem as terapias no Crer, ela não teria alcançado toda essa evolução. Só tenho a agradecer a todos os profissionais por esse cuidado e dedicação”, completou.
Criada na Austrália, a campanha do Dia Mundial da Paralisia Cerebral reúne famílias, pessoas com deficiência, organizações e ativistas em uma rede global que defende o direito de todas as pessoas com PC de terem as mesmas oportunidades que as demais pessoas, o apoio da comunidade e a plena cidadania.
Lesão no cérebro
A paralisia cerebral é a deficiência mais comum na infância. Trata-se de uma condição neurológica permanente que afeta o desenvolvimento motor e cognitivo, comprometendo o movimento e a postura corporal.
Essas alterações resultam de uma lesão no cérebro em desenvolvimento, que pode ocorrer durante a gestação, o parto ou no período neonatal, e podem causar limitações nas atividades cotidianas. Embora seja uma condição complexa e irreversível, o tratamento clínico, cirúrgico e terapêutico adequado permite que muitas crianças com PC tenham uma vida produtiva e repleta de conquistas.
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