O Cine Cultura traz para seu portfólio de novembro o filme Cyclone, da cineasta Flávia Castro, com coprodução de Walter Salles. A estreia nacional está marcada para o dia 27 de novembro.
Antes de aterrissar no Cine Cultura, o filme já foi exibido nos festivais internacionais de Xangai e Munique. E também no Festival do Rio, e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
Sua estreia nas salas de todo o país pretende ser uma das produções nacionais mais aguardadas do ano.
Cyclone
O longa-metragem de ficção aborda narrativas sobre mulheres, artes e liberdade, conta com direção da cineasta que é reconhecida por obras sensíveis e políticas como Deslembro e Diário de uma Busca.
A produção conta com apoio da Lei Paulo Gustavo e da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (Pnab), mecanismos operacionalizados pela Secretaria de Estado da Cultura de Goiás (Secult).
Ficha técnica
O longa é uma realização da Mar Filmes e Muiraquitã Filmes, com coprodução de Walter Salles e Maria Carlota Bruno. Com investimento superior a R$ 10 milhões, a obra tem distribuição da Bretz Filmes e aposta em uma grande estratégia de lançamento.
O elenco conta com nomes consagrados do cinema nacional, como Luiza Mariani (Todas as Canções de Amor), Eduardo Moscovis (Ela e Eu), Karine Teles (Benzinho), Luciana Paes (Sinfonia da Necrópole), Magali Biff (Pela Janela), Rogerio Brito (Um Ano Inesquecível – Primavera) e Ricardo Teodoro (Baby).
Com direção e roteiro de Flávia Castro e fotografia assinada por Heloísa Passos, Cyclone é uma celebração à resistência, à arte e à liberdade, um filme que revisita o passado com um olhar profundamente contemporâneo sobre as mulheres que ousaram desafiar o tempo.
História sob a ótica feminina
Livremente inspirado na trajetória da escritora Maria de Lourdes Castro Pontes, a enigmática Miss Cyclone, única mulher a integrar o diário coletivo O Perfeito Cozinheiro das Almas Deste Mundo, criado por Oswald de Andrade em sua garçonnière paulistana, na década de 1910 , o filme resgata essa figura quase apagada da história, reinterpretando-a sob um olhar atual, poético e feminista.
Na trama, Daise (Luiza Mariani) é uma operária que divide o tempo entre o trabalho em uma gráfica e sua paixão pela dramaturgia. Ao conquistar uma bolsa de estudos em teatro para Paris, ela enfrenta o maior desafio de sua vida: afirmar sua liberdade em uma sociedade que ainda insiste em negar às mulheres o direito de sonhar e de serem donas do próprio corpo.
Uma voz política no cinema brasileiro
A cineasta e roteirista Flávia Castro, natural de Porto Alegre (RS), construiu uma carreira marcada pela sensibilidade e pelo olhar político sobre o indivíduo e a sociedade.
Alternando entre ficção e documentário, dirigiu o premiado Diário de uma Busca (2010), exibido em mais de trinta festivais internacionais, e o longa Deslembro (2018), que estreou na Mostra Orizzonti, do Festival de Veneza e conquistou diversos prêmios.
Também é autora dos curtas Cada um com Seu Cada Qual (2006) e Matemática (2013), integrante do projeto A Aula Vazia, com direção artística de Gael García Bernal. Como roteirista, assinou Nise: O Coração da Loucura (2015) e colaborou com cineastas como Richard Dindo, Philippe Grandrieux e Eduardo Escorel.
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