O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) está prestes a atingir a marca de 1.000 cirurgias corretivas no tratamento de fissuras labiopalatinas.
O serviço, mantido pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), é referência no país e assegura atendimento integral e humanizado a crianças e adolescentes.
A unidade de saúde, localizada em Goiânia, contabiliza mais de 600 atendimentos mensais.
Centro de Reabilitação de Fissuras Labiopalatinas
Com estrutura moderna e equipe multiprofissional, o Centro de Reabilitação de Fissuras Labiopalatinas (Cerfis) oferece cuidado contínuo — do diagnóstico ao acompanhamento na fase adulta — garantindo acolhimento, segurança e qualidade em todas as etapas do tratamento.
Mesmo sendo uma unidade pediátrica, o Hecad mantém o vínculo com as famílias até a completa reabilitação dos pacientes.
Único serviço do estado voltado à reabilitação completa de fissuras, o Cerfis conta com:
Cirurgiões;
Fonoaudiólogos;
Psicólogos;
Cirurgiões-dentistas.
O acesso ao Cerfis ocorre por meio da Central de Regulação Estadual de Goiás por meio dos seguintes passos. Os pacientes são, primeiramente:
Encaminhados pelas unidades básicas de saúde dos municípios;
Fazem o cadastro;
Enviam as solicitações para avaliação;
Realizam o agendamento.
O processo segue critérios técnicos e regionais, garantindo transparência e equidade no atendimento.
O avanço do atendimento reflete o compromisso do Governo de Goiás em ampliar o acesso e reduzir filas na rede pública de saúde.
Desafios
O cirurgião bucomaxilofacial e supervisor do Cerfis, Leonardo Andrade, explica que o acompanhamento odontológico é indispensável desde os primeiros meses de vida.
“A anatomia bucal alterada pela fissura pode dificultar a higienização e aumentar o risco de inflamações e cáries. Por isso, o acompanhamento odontológico deve começar cedo. Nosso papel é orientar as famílias sobre técnicas de escovação adaptadas, estimular hábitos saudáveis e monitorar o desenvolvimento bucal da criança. O cuidado odontológico é parte essencial do sucesso da reabilitação”, orienta o especialista.
A alimentação é um dos primeiros desafios enfrentados pelas famílias. Alguns bebês com fissura têm dificuldade para sugar e engolir, o que exige o uso de bicos e mamadeiras especiais, além de orientação constante da equipe de saúde. Para o cirurgião, a participação familiar é determinante.
“O cuidado começa em casa. São os pais e cuidadores que garantem a higienização correta, supervisionam a alimentação e oferecem o apoio emocional que a criança precisa. Quando a família se envolve, o tratamento se torna mais eficaz e a criança evolui melhor”, afirma Leonardo Andrade.
Segundo Leonardo Andrade, o objetivo do Cerfis vai além da correção funcional: busca reconstruir autoestima e qualidade de vida.
“Cada sorriso reabilitado representa uma história de superação. É um trabalho técnico e sensível, que só é completo quando paciente e família se sentem acolhidos e confiantes”.
História que inspira
Histórias como a de Amanda Lays, paciente do Cerfis há nove anos, ilustram o impacto do serviço. Natural do Pará, Amanda e sua mãe, Jaqueline Neves, mudaram-se para Goiânia para continuar o tratamento.
“Todas as vezes que venho, sou muito bem atendida. Todos os profissionais me tratam com respeito e carinho. Graças a Deus, tudo tem dado muito certo”, conta Jaqueline.
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