A Seção Industrial do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, gerido pela Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), expandiu a produção de marcenaria e incluiu a confecção de brinquedos, móveis, quadros e jogos de tabuleiros. As atividades fazem parte do processo de ressocialização, com profissionalização e emprego da mão de obra carcerária. Em 2022, a produção cresceu 1.000% em relação ao ano anterior.
Os produtos confeccionados serão apresentados na 76° Exposição Agropecuária de Goiás, de 18 a 28 próximo, no Parque de Exposições Pedro Ludovico Teixeira, no Setor Nova Vila, em Goiânia. A Polícia Penal terá um estande na feira para demonstração dos trabalhos realizados.
Produção
Atualmente, 52 detentos, homens e mulheres, fazem serviços nas oficinas, que compreendem serralheria, marcenaria, alfaiataria, serviços gerais e cozinha. Outros 185 custodiados trabalham nas empresas conveniadas. Todos são remunerados e têm direito a remição de pena, conforme determina a Lei de Execução Penal (LEP).
Para 2023, a DGAP trabalha com uma nova perspectiva: a diversificação dos itens. Em março, a Seção Industrial adquiriu duas máquinas para a oficina de marcenaria: uma serra esquadrejadeira e uma tupia de mesa, com recursos do Conselho da Execução Penal de Aparecida de Goiânia. O primeiro equipamento é utilizado para cortes precisos em materiais, como compensado e MDF; o segundo é ideal para encaixes, molduras e para aprimorar detalhes decorativos nas peças.
Diversificação
A partir disso novos brinquedos — miniaturas de caminhões, tratores, caravelas e aviões —, artigos com temática policial, painéis e aves decorativas, além de jogos de tabuleiro, passaram a ser confeccionados em madeira. Os itens somam-se aos já conhecidos objetos produzidos com o mesmo material pela Seção Industrial, como mobiliários infantis e brinquedos educativos. Além dos serviços em madeira, quadros com pinturas emoldurados também estão entre os artigos confeccionados.
“Estamos modernizando e ampliando a Seção Industrial. A meta da DGAP, para este ano, é abrir aproximadamente 1 mil vagas de trabalho dentro do Complexo Prisional”, afirma o diretor-geral de Administração Penitenciária, Josimar Pires. “A ideia é que, quando essas pessoas deixarem a prisão, possam ser reintegradas de fato à sociedade e ao mercado de trabalho”, emenda.
Balanço da fabricação em 2022
8,8 mil brinquedos artesanais
6 mil máscaras de proteção facial
110 kits de brinquedoteca (mesa com quatro cadeiras, armário de MDF, prateleira em MDF, decoração lúdica para parede e dois brinquedos pedagógicos)
6 jogos de sofás
200 cadeiras de escritório reformadas
O post Produção industrial por mão de obra carcerária cresce 1.000% em Goiás apareceu primeiro em Agência Cora Coralina de Notícias.