A área de energia elétrica terá dois projetos em destaque, no Governo de Goiás, neste ano de 2024: os programas Eficiência Energética e Matriz Energética. Ambos estão sob os cuidados da Secretaria Geral de Governo (SGG), por meio da subsecretaria de Energia, Telecomunicações e Cidades Inteligentes.
O Programa de Eficiência Energética tem como objetivo a implementação de ações de eficiência energética visando a redução de gastos com energia elétrica das unidades consumidoras do poder público estadual. Dentro deste programa, se desdobram outros projetos.
Energia elétrica
O primeiro é a proposição de um decreto para criação do Programa de Eficiência Energética, abrangendo tanto a administração direta quanto a indireta, por meio de acordos de cooperação celebrados com a SGG.
Outra ação, iniciada em 2023 e com duração até junho de 2024, foi a contratação da Celgpar para realizar estudos de ajustes de demanda contratada e adequação do grupo e modalidade tarifária para Unidades Consumidoras (UCs) enquadradas no grupo A.
Por regra, estas UCs têm contratos nos quais pagam taxa baseada na demanda contratada, ou seja, a quantidade máxima que podem consumir. Dessa forma, o projeto visa otimizar valores com base no consumo de energia real da UC.
As UCS do grupo A do Poder Executivo Estadual, exceto a Saneago, devem migrar para o Ambiente de Contratação Livre (ACL) para a economia estimada de R$ 12 milhões anuais, algo entre 20 a 30% na projeção atual, nos gastos com energia elétrica.
Já para as UCs do poder público do Grupo B, que é baixa de tensão, o projeto é implementar usinas fotovoltaicas para compensar o consumo de energia. A estimativa da economia é 20 a 30% sobre o consumo anual, algo entorno de 10 milhões.
Segundo o subsecretário de Energia, Telecomunicações e Cidades Inteligentes, Renato Lyra, a redução nos custos, quando o projeto estiver completamente implementado, pode chegar até R$ 25 milhões por ano.
“Isso vai permitir que o governo estadual invista mais em áreas prioritárias como educação, saúde e segurança pública”, afirma.
Outro projeto é a Energia Rural Integrada e Sustentável que pretende fomentar a expansão de sistemas fotovoltaicos, biodigestores, biocombustível e uso de biomassa para energia no meio rural.
Programa de Matriz Energética
O programa Matriz Energética tem como principal objetivo analisar a composição da matriz energética em Goiás e desenvolver formas de torná-las mais renovável e verde, levando em consideração as tecnologias e soluções inovadoras provenientes da transição energética global. O projeto visa identificar as necessidades e oportunidades de intervenção do governo estadual, a fim de promover o desenvolvimento da infraestrutura energética em diversos aspectos.
“Goiás tem um potencial grande na geração de energias e combustíveis renováveis. Com o programa, esperamos estimular o desenvolvimento da matriz energética renovável. A ideia é abraçar o potencial de geração de energia no Estado para que sirva como fonte de desenvolvimento social e econômico”, conclui Lyra.
Convênios
Para isso, foi pensando um convênio entre a SGG e a Universidade Federal de Goiás (UFG). A cooperação mútua visa a participação da UFG na análise da matriz energética do Estado de Goiás acerca de tecnologias limpas e soluções inovadoras em sintonia com o processo de transição energética mundial. A ideia é identificar necessidades e oportunidades de atuação do governo estadual de forma a contribuir com o desenvolvimento da infraestrutura de energia, em Goiás, nos seus mais diversos aspectos.
Outro convênio também foi planejado junto a Fapeg. A ideia é conceder dez bolsas de estudos, na modalidade de pós-doutorado DCR, para pesquisadores nas áreas de Engenharia Elétrica, Engenharia da Computação, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Engenharia Ambiental, Engenharia Agronômica e Economia. O propósito é receber apoio na execução do projeto “Potencialidade e estratégia para a diversificação da Matriz Energética do Estado de Goiás”.
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