O governador Ronaldo Caiado destacou, nesta sexta-feira (22/11), a efetividade da Polícia Civil de Goiás (PCGO). Ele foi convidado a discursar no 1º Congresso Jurídico de Delegados de Polícia do Centro-Oeste, realizado em Goiânia.
“Goiás tem um dos maiores percentuais em elucidação de crimes do país, 86%, mais que o dobro da média nacional”, citou o chefe do Executivo, acrescentando que, de janeiro a setembro deste ano, houve um aumento de 43,5% no número de operações policiais, em relação ao mesmo período do ano passado.
Ao lado da coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado, e do secretário de Segurança Pública, Renato Brum, o governador Ronaldo Caiado participou do segundo dia de programação do evento.
Polícia Civil
Na oportunidade, ele destacou ainda o esforço do Governo de Goiás para reforçar o quadro da PCGO. Em janeiro deste ano, foram nomeados 40 delegados, 430 agentes, 273 escrivães de polícia de 3º classe e 56 papiloscopistas. “Temos trabalhado no sentido de dar segurança plena ao cidadão”, afirmou.
Caiado voltou a criticar a proposta de implantação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) da forma como está planejado pelo Governo Federal. “Nada avança em termos de combate à criminalidade, mas tem um único objetivo, que é de criar regras vinculantes às polícias estaduais, retirando prerrogativas de governadores”, argumentou.
Para Caiado, o combate ao crime organizado é a principal pauta da segurança pública nos próximos anos. “Ou saímos do acovardamento ou vamos entregar um país continental como o Brasil nas mãos dos faccionados”, pontuou.
Congresso
Organizado pelo Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás (Sindepol), o evento teve início na quinta-feira (21/11) e contou com a presença de 200 delegados de polícia, além de juristas e políticos convidados.
Presidente do congresso e do Sindepol-GO, Adriano Costa salientou que o objetivo foi debater soluções e melhorias para o combate ao crime. “Temos palestrantes de nível nacional e internacional para trazer um raio-x efetivo do contexto criminal brasileiro e mundial”, declarou.
Entre os convidados, a desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Ivana David, reconheceu a importância de construir uma agenda comum entre os entes federados, com respeito às particularidades regionais. “Goiás é um estado que funciona muito bem, onde você pode sair com o seu relógio na rua. Com essa possibilidade de discutir e trocar experiências, podemos construir um país mais ético”, enalteceu.
A estruturação de organizações criminosas, crimes virtuais e ferramentas de investigação de crimes cibernéticos estão entre os temas debatidos. “Somente ontem foram mais de 50 prisões em razão da operação da Deic (Delegacia Estadual de Investigações Criminais) contra fraudes eletrônicas”, acrescentou o delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Ganga, ao citar que o Estado criou o Departamento de Crimes Cibernéticos e reforçou a área de inteligência. “A Polícia Civil vem dificultando ação de criminosos aqui no nosso estado”, afirmou.
Redução na criminalidade
Com investimentos robustos em infraestrutura, reforço do efetivo, capacitação e inteligência policial, Goiás registra uma redução significativa nos indicadores criminais nos últimos anos. No comparativo com o mesmo período de 2018, os meses janeiro a setembro de 2024 apresentaram queda de 85% nos casos de latrocínio; 56,07% nos casos de homicídio doloso; e 20,39% em homicídios tentados em Goiás.
Já em relação aos roubos a transeuntes, a diminuição foi de 88,03% no período, enquanto os roubos a veículos e comércios registraram redução de 93,18% e 87,99%, respectivamente. Desde 2018, não são registrados casos de roubos a instituições financeiras, modalidade conhecida como Novo Cangaço.
Os índices de roubos a residências e cargas também apresentaram queda significativa no período, de 81,24% e 97,31%, respectivamente; enquanto os crimes em propriedades rurais caíram cerca de 81%.
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