A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) fará a entrega, na próxima segunda-feira (02/12), das obras de restauração da Igreja São João Batista, situada no antigo Arraial do Ferreiro, na cidade de Goiás. A solenidade está marcada para as 9 horas.
O restauro faz parte do projeto Fé, Religiosidade e Devoção, da Secult, que investe na preservação de igrejas históricas em todo o estado.
Com investimento de R$ 2,2 milhões do Tesouro Estadual, os serviços de reparo tiveram início em julho de 2023, com duração de 16 meses. Os trabalhos na edificação incluíram a restauração do altar-mor, forros, pisos, revisão da cobertura e dos sistemas elétricos, acessibilidade, arqueologia, entre outras intervenções necessárias.
Para a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes, esse é o resultado de um compromisso que une tradição e preservação.
“A entrega da Igreja São João Batista, totalmente restaurada, é um marco na valorização do patrimônio histórico e cultural de Goiás. É um pedaço importante da nossa história e cultura sendo preservada”, destacou a titular da Cultura.
Igreja São João Batista
Tombado como Patrimônio Histórico em 1953, o templo religioso representa um marco na história e na fé da região. A capela localiza-se no antigo Arraial do Ferreiro, zona rural, distante aproximadamente 10 km da cidade de Goiás, e é datada da segunda metade do século XVIII.
O templo foi construído em 1761, pelo tenente José Gomes, com taipa de pilão e telhado em telha de barro canal, sendo a segunda capela a ser erguida na província, após a Matriz de Sant’Ana, na cidade de Goiás.
Esta região ficou famosa entre os europeus como uma terra desconhecida e habitada por indígenas. Na busca pelo ouro, os bandeirantes desbravaram os sertões brasileiros em missões arriscadas. Ao longo do Rio Vermelho, surgiram diversos núcleos de garimpo de ouro, originando povoações nas proximidades, que hoje se encontram em ruínas, como Ouro Fino, Ferreiro, Barra, Anta e Santa Rita.
O Arraial do Ferreiro foi o primeiro da região, mesmo com poucos registros. Segundo historiadores, em 1824 existiam 105 casas em ruínas e uma capela dedicada a São João Batista. Atualmente, existem apenas a igreja e o cemitério, remanescentes desse núcleo histórico. A população local é formada por moradores da área rural.
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