A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) lançou um guia, voltado para administrações municipais, que orienta prefeitos e secretários sobre como implantar sistemas de compostagem em âmbito local. A cartilha é gratuita e está disponível para download no site da Semad (https://goias.gov.br/meioambiente).
Compostagem é o processo de transformação de resíduos orgânicos em um composto rico em substâncias químicas, que pode ser utilizado como fertilizante e condicionador de solo, especialmente na agricultura. Esse substrato enriquece o solo com nitrogênio e fósforo, além de possibilitar retorno financeiro. O método também é interessante porque reduz o volume que vai para disposição final em aterros e nos lixões irregulares que ainda existem.
No Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, 45,3% dos resíduos são compostos pela fração orgânica, principal componente dos resíduos urbanos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos propõe a compostagem como uma solução ambientalmente adequada, de baixo custo, que usa tecnológica simples e que agrega valor ao transformar resíduos em composto orgânico rico em nutrientes.
A titular da Gerência de Regionalização de Resíduos Sólidos, Renata Santos Ribeiro, afirma que a implementação da compostagem em âmbito municipal traz um conjunto de vantagens que beneficiam a administração pública, o meio ambiente e a comunidade local.
“As principais são a redução de resíduos em aterros e a promoção da economia circular”, afirma.
“Trata-se de um processo que contribui para a redução dos impactos ambientais, beneficia a saúde pública, gera renda, reduz os gastos públicos na destinação dos resíduos sólidos e promove responsabilidade socioambiental”, diz Renata.
“Também contribui para a redução das mudanças climáticas, pois reduz a emissão de metano, gás de efeito estufa emitido pelo setor de resíduos, responsável por 16% das emissões nacionais”.
Como implementar
A cartilha da Semad propõe dez passos para implementação da compostagem no âmbito municipal. São eles:
a caracterização dos resíduos gerados,
identificação de fornecedores de insumos necessários para o processo (palha e serragem),
sensibilização da população,
instituição da coleta seletiva em três frações,
distribuição de pontos de entrega voluntária (PEVs) para resíduos orgânicos,
dimensionamento do pátio,
preparação da equipe operacional,
acompanhamento técnico,
avaliação periódica
diversificação de modelos de compostagem.
O guia também explica aos municípios que existem dois modelos de compostagem existentes: o centralizado (localizado fora do perímetro urbano, e que recebe resíduos de diferentes tipos de geradores) e o descentralizado (dentro o perímetro urbano, que utiliza resíduos provenientes de poucos grupos de geradores).
O documento também faz um giro pelas infraestruturas e equipamentos comuns no processo de compostagem, como o pátio para recepção de resíduos, a central de triagem e a esteira de triagem; e apresenta os métodos mais conhecidos, que são a compostagem por pilha (a mais clássica), a compostagem cercada (que alcança alturas maiores), o método de disposição em lages, o uso de leiras estáticas e as usinas.
“Mais do que uma técnica, a compostagem é uma oportunidade de reaproveitar materiais que seriam descartados, fechando ciclos naturais e promovendo práticas responsáveis e ecológicas”, afirma a secretária Andréa Vulcanis, titular da Semad.
“Ao adotar a compostagem, estamos cuidando do meio ambiente, nutrindo o solo e investindo em um futuro mais sustentável, onde resíduos deixam de ser um problema para se tornarem parte da solução”.
A cartilha está disponível para download abaixo.
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