Goiás reforça cuidados com animais peçonhentos

Às vésperas do Dia Internacional de Atenção aos Acidentes Ofídicos, celebrado em 19 de setembro, o Governo de Goiás reforça a importância dos cuidados contra acidentes com animais peçonhentos. Com maior ênfase na data, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para aumentar a conscientização sobre o impacto global desses eventos, a Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) lembra que esses acidentes afetam sensivelmente a qualidade de vida no estado, que conta com milhares de pessoas habitando áreas com bastantes ocorrências de animais peçonhentos.

Neste ano já foram registrados em Goiás 5.544 casos de acidentes com escorpiões, com dois óbitos confirmados; 959 acidentes com serpentes (cinco óbitos confirmados); 941 acidentes com aranhas – a maior parte envolvendo aranhas marrons e armadeiras –, com um óbito confirmado; 118 acidentes com lagartas, sem óbito confirmado; e 595 acidentes com abelhas, com dois óbitos confirmados.

Animais peçonhentos

Para o secretário da Saúde, Rasível Santos, a data internacional é um importante lembrete da importância de conscientizar a população sobre a gravidade do problema. “O combate a esse problema exige um esforço conjunto e contínuo”, defende.

Com essa preocupação, a SES-GO distribui material informativo e realiza campanhas de mídia alertando sobre os riscos, desmistificando o tratamento e destacando a necessidade do atendimento médico imediato, que pode ser a diferença entre a vida e a morte.

Para esta terça-feira (16/9), às 15h, por exemplo, está agendada uma capacitação on-line sobre em acidentes por serpentes, para profissionais de saúde (clique no link para participar).

Prevenção

De acordo com a subcoordenadora das Ações de Vigilância do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), Meriene Abreu, a prevenção é o pilar central para reduzir o número de acidentes. O Ciatox é o setor da SES-GO que funciona 24h com plantão médico, pelo telefone 0800.646.4350, prestando orientação aos profissionais de saúde quanto à conduta correta em cada caso de acidente ofídico e orientações para a população em geral, em relação aos primeiros socorros.

Entre as prevenções, estão medidas simples, como usar calçados e luvas em atividades rurais, examinar roupas e sapatos antes de usá-los e manter a limpeza de jardins e quintais. “Evite manipular esses animais. Melhor chamar o Corpo de Bombeiros”, aconselha.

E, em caso de acidentes, continua, os primeiros socorros adequados incluem lavar o local da picada com água e sabão e remover adornos que possam garrotear o membro. “É crucial evitar métodos populares e ineficazes, como fazer torniquete, cortar a ferida ou aplicar substâncias que podem piorar o quadro e causar infecções”, acrescenta.

“O mais importante é levar a vítima imediatamente a um serviço de saúde”, orienta. O tipo de tratamento e a necessidade do soro antiveneno depende da avaliação médica. Os soros são enviados pelo Ministério da Saúde para a SES, que os repassa às 18 Regionais de Saúde e ao Hospital Estadual de Doenças Tropicais Anuar Auad (HDT).

Já as regionais distribuem os soros aos 86 polos, que são unidades hospitalares públicas de urgência e emergência (24h) com suporte para atender pacientes em acidentes leves e moderados. O HDT, por sua vez, funciona como retaguarda para os casos de maior gravidade.

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