Emater: feiras livres permitem que agricultor familiar coloque produtos no mercado a preços justos

Uma das grandes dificuldades enfrentadas pela agricultura familiar é a comercialização, etapa que é majoritariamente viabilizada pela realização de feiras livres. O assunto foi discutido na live transmitida pela Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), na tarde desta quarta-feira (24), no canal da instituição no YouTube

A extensionista social da Emater, Ana Maria de Brito Mendes, explicou durante a palestra que as feiras provocam impactos econômicos e sociais importantes para o segmento rural familiar.

Segundo Ana Maria, os espaços possibilitam que  agricultores familiares vendam produtos diretamente ao público consumidor, mitigando a interferência de atravessadores que possam prejudicar o lucro daquela produção.

“A relação que passa a existir entre o vendedor e o comprador porque o cliente sabe de quem está comprando aquele alimento. Para o produtor isso é importante, saber quem é e qual a característica de seu cliente. Essa venda direta aumenta a renda e melhora o escoamento da produção”, destacou a extensionista.

Além de ser um canal de comercialização, a feira tem o papel fundamental de fomento à cooperatividade entre os agricultores, os consumidores e o poder público. Ainda de acordo com Ana Maria, isso fortalece o comércio local, controla o êxodo rural, favorece a sucessão familiar e estimula o turismo no município.

Para assegurar a continuidade das feiras, conforme a profissional, é necessário o estabelecimento de regulamento ou regimento interno, com regras específicas para cada caso. A organização dos agricultores familiares e o apoio da Administração Municipal também são essenciais, com a articulação ordenada entre os produtores rurais e a instituição por lei da matéria que regulamenta o funcionamento da feira.

Experiência em Goianésia

A extensionista apresentou detalhes sobre a experiência da Feira do Produtor Rural de Goianésia, que começou a operar no ano de 1996, com a participação de apenas cinco produtores. Em poucos meses, a feira atingiu a marca de 80 agricultores familiares cadastrados. Atualmente, 250 famílias rurais comercializam semanalmente seus produtos no espaço.

Um dos pontos principais para o sucesso é o arranjo de uma equipe responsável pela administração da feira, a Central de Associações dos Pequenos Produtores de Goianésia (Ceaprug). Para comercializar os produtos no local, o agricultor interessado deve formalmente se registrar junto à central. A feira é ainda regulamentada por lei e regimento interno.

Confira a live na íntegra:

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