A secretária de Estado da Educação de Goiás, Fátima Gavioli, recebeu, na manhã desta quinta-feira (25), membros da organização não-governamental Todos pela Educação em reunião sobre o futuro da Educação Básica brasileira. Participaram da reunião a coordenadora de Relações Governamentais do Todos pela Educação, Kayli Cappucci, e a analista de Relações Governamentais da ONG, Doane Fonseca.
Na oportunidade, foi apresentado o documento “Educação Já 2022 – Uma proposta de Agenda Estratégica para a Educação Básica Brasileira”. Elaborado pelo Todos pela Educação, o texto prevê ações emergenciais e estruturais a serem implementadas pelo poder público de modo a elevar a qualidade e reduzir as desigualdades dos sistemas educacionais do País, em especial no pós-pandemia.
Dentre o conjunto de ações propostas estão o enfrentamento da evasão escolar, a realização de ações de acolhimento e a superação de lacunas de aprendizagem, tópicos que estão em debate na rede pública estadual de Educação desde o início da pandemia de Covid-19.
Em relação à evasão escolar, por exemplo, o Governo de Goiás lançou o programa “Busca Ativa Escolar: Acolher para Permanecer”, desenvolvido em parceria com as prefeituras e com o terceiro setor e que visa combater o abandono escolar entre crianças e adolescentes.
De acordo com a secretária, as parcerias e as boas práticas executadas pelos professores foram essenciais para que a rede estadual de Educação mantivesse o aprendizado e engajamento dos estudantes durante a pandemia de Covid-19 e, posteriormente, na retomada das aulas presenciais.
Fátima Gavioli enfatizou ainda que, não só os aspectos emocionais, mas também os aspectos sociais dos estudantes foram considerados na construção de ações e políticas públicas. De acordo com ela, os investimentos na infraestrutura das escolas, na uniformização dos alunos e na alimentação escolar refletem essa preocupação do Estado com o bem-estar social dos alunos.
Em se tratando da alimentação escolar, por exemplo, a secretária citou os desafios enfrentados em relação à destinação de recursos. Segundo Gavioli, os R$ 0,36 repassados pelo governo federal para a Merenda Escolar testaram a sua “liderança adaptativa e a resiliência” durante a pandemia. De acordo com ela, somente com a complementação do valor por parte do governo estadual foi possível realizar a distribuição de kits de alimentos e a criação do cartão alimentação, garantindo a segurança alimentar das crianças e suas famílias.
Para a coordenadora de Relações Governamentais do Todos pela Educação, Kayli Cappucci, a apresentação das ações executadas pela rede estadual de Educação de Goiás durante a pandemia demonstra a preocupação que a secretária e o governador têm com a Educação goiana. Para além disso, os pontos abordados, de acordo com ela, indicam temáticas importantes a serem inseridas na agenda estratégica da Educação brasileira.
“Essa questão que ela traz, por exemplo, da alimentação é algo que foi muito importante escutar porque é algo que a gente leva para dentro de ‘casa’ falando: ‘olha, isso é um ponto que a gente escutou e que a gente concorda que precisa ser melhorado”, afirmou a coordenadora.
Demais estados
Goiás é o 6º estado brasileiro a receber a visita da equipe de Relações Governamentais do Todos pela Educação. Segundo Kayli Cappucci, gestores educacionais do Espírito Santo, Bahia, Ceará, Sergipe e Paraná já foram visitados pela equipe e puderam opinar sobre as ações propostas pelo Educação Já 2022.
“A gente tem viajado pelo Brasil, passando por diversas secretarias estaduais e municipais, escutando esses gestores sobre o documento”, explica a coordenadora de Relações Governamentais. De acordo com ela, esse movimento é essencial para que a equipe entenda o que as secretarias estão fazendo e quais são os principais trabalhos desenvolvidos no âmbito da Educação Básica.
“Se a gente é uma entidade que trabalha com Educação básica, a gente tem que estar o mais próximo possível da ponta. Então, nada melhor do que escutar vocês (Secretarias de Educação)”, conclui. Na próxima semana, a equipe deve visitar o estado do Pernambuco. A previsão é que um novo documento, gerado a partir das considerações dos gestores da Educação, seja lançado em março.
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