Governo vai estimular criação de polo da moda em 30 municípios goianos

Fortalecer a cadeia produtiva da moda goiana é uma das metas do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), que fez apresentação, nesta semana, do projeto Cinturão da Moda, uma iniciativa em parceria com o setor empresarial, prefeituras e pequenos empreendedores. A perspectiva é fazer do Estado o maior centro distribuidor e produtor do Brasil.

O objetivo é levar para 30 pequenos municípios o modelo de negócios já frutífero da Região da 44, em Goiânia, onde são gerados 300 mil empregos e cujo faturamento médio em 15 mil pontos de vendas é de R$ 600 milhões. A projeção é de que sejam criados mais de mil novos postos de trabalho com a implantação da proposta.

“Sempre digo que a melhor política social é a criação de emprego. É preciso que a mão forte do Estado trabalhe para diminuir as desigualdades regionais e auxilie os pequenos municípios a ter receita própria e a explorar a vocação econômica que têm”, ressalta governador Ronaldo Caiado.

A apresentação do projeto para prefeitos, vereadores, empresários e trabalhadores, ocorreu na sede da Associação Empresarial da Região da 44, em Goiânia. O titular da SIC, Joel Sant’Anna, com equipe técnica, destaca a importância da iniciativa para a geração de empregos e de renda, especialmente nos municípios menores e próximos da Capital.

“Vamos iniciar com foco em quatro municípios, que serão modelos para outras cidades, num futuro breve. Sabemos que há uma carência de mão de obra qualificada para atender a indústria da produção de roupas em Goiás. E temos capital humano no interior que pode atender a essa demanda”, explicou Joel.

A proposta se divide em várias etapas. A primeira é definição dos municípios. A segunda, formação da mão de obra para atender ao setor da moda. E a terceira é ampliar a quantidade de municípios beneficiados, podendo chegar a 30 localidades.

Polos
Cristianópolis, Bela Vista de Goiás, Acreúna e Ipameri farão parte do projeto-piloto. E caberá às prefeituras organizar espaços para instalação de polos de facções e confecções, bem como selecionar a mão de obra local para treinamento em cursos de corte e costura.

Nessa fase do projeto, caberá à SIC, em parceria com GoiásFomento, Sesi, Senai e Sebrae, além da AER44, realizar orientações para treinamento de mão de obra e aquisição de equipamentos, bem como direcionamento para criação de cooperativas.

Vera Regina Aguiar, gerente de Projetos de Concessões e Parcerias da SIC, apresentou dados da Região da 44 e destacou que a meta, nos próximos anos, é passar de 300 mil a 400 mil empregos. Hoje são cerca de 7 milhões de peças de vestuário produzidas mensalmente.

Sérgio Naves, diretor da AER44, disse que a Região da 44 hoje tem movimentação comercial que supera as receitas de muitos municípios. Ele ressalta que esse resultado é fruto do esforço de empresários que acreditaram no potencial local. Sérgio informa, ainda, que por ser um polo distribuidor, a região necessita da produção para garantir a oferta para todo o País, o que abre agora a participação da mão de obra dos municípios.

“Precisamos alcançar produção de 80% dos produtos comercializados em nossa região. Para isso, precisamos unir as forças para nos tornar o maior polo distribuidor e produtor de moda do Brasil. O Cinturão da Moda abrange uma região de até 120 km da capital e vai gerar emprego e inclusão social de famílias que terão a oportunidade de trabalho digno”, avalia Sérgio Naves. “A preocupação do Governo do Estado com o bem social é o maior destaque para este projeto”, complementa.

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