A Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) inicia, nesta semana, o repasse de 1.610 kit de instrumentais contraceptivos DIU para as equipes de Estratégia de Saúde da Família em todo o Estado, num investimento de R$ 434.367,07. A ação faz parte da meta estabelecida no Plano Estadual de Saúde, de aumentar para 50% o número de municípios que realizam a inserção de DIU na Atenção Básica.
A meta estabelecida pela Superintendência de Atenção Integral à Saúde (Sais), por meio da Gerência de Atenção Primária, teve como base um levantamento realizado em 2020, que apontou a dificuldade dos municípios goianos de realizarem a inserção do dispositivo contraceptivo DIU, devido à falta de materiais nas Unidades Básicas de Saúde. Naquele mesmo ano, a SES-GO iniciou o processo de aquisição de materiais cirúrgicos para realização do procedimento na Atenção Primária da Saúde (APS), o que acabou prejudicado pela pandemia.
Eficácia e segurança
O dispositivo intrauterino com cobre (DIU TCu 380A) destaca-se por ser um método de alto potencial de eficácia, praticidade, segurança, longa ação, reversível e não hormonal. A inserção do dispositivo é um procedimento fácil e indolor, que pode ser feito no ambulatório.
“A ampliação desse método contraceptivo na carteira de serviço da APS objetiva reduzir a ocorrência de casos de gravidez indesejada e consequentes abortos provocados, exercendo grande impacto na morbimortalidade materno-infantil e, ainda, permitindo a humanização do atendimento e a qualificação da atenção em planejamento reprodutivo”, explica a gerente de Atenção Primária da SES, Ticiane Peixoto, a distribuição do contraceptivo.
O DIU é feito de plástico flexível, moldado em diversas formas e com um componente metálico ou hormonal em uma de suas hastes. O dispositivo é introduzido no útero através do colo uterino. Existem DIUs de cobre, prata e de progestágeno (levonorgestrel). O principal efeito contraceptivo se dá pela alteração na receptividade do endométrio.
Capacitação
A SES também está organizando a capacitação técnica para os profissionais médicos das equipes de saúde da família. O treinamento teórico e prático será feito por um médico ginecologista das redes materno-infantil e será voltado para os profissionais que farão a avaliação das mulheres que vão receber o contraceptivo.
Yara Galvão/Comunicação Setorial
Foto: banco de imagem
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