As obras do Teatro Pompeu de Pina, em Pirenópolis, serão retomadas após a autorização do governador Ronaldo Caiado. A previsão é que a reforma deva custar cerca de R$ 2,5 milhões. O secretário da Cultura, César Moura, adiantou também que o local será usado para capacitações na área artística.
“O governador determinou a retomada das obras o mais rápido possível e, além das obras, vamos ocupar o espaço permanentemente para oferecer capacitação profissional na área de artes para os pirenepolinos.” O projeto do governo estadual prevê que, além de sediar eventos, o teatro deverá receber ainda uma Unidade do Colégio Tecnológico do Estado de Goiás (Cotec) para oferecer cursos de música e teatro.
História
O Teatro Sebastião Pompeu de Pina fica no Centro Histórico de Pirenópolis e faz parte do acervo patrimonial tombado do município. O teatro foi construído entre 1889 e 1901, por iniciativa do lavrador Sebastião Pompeu de Pina, que contou com a ajuda da comunidade. Seu estilo construtivo é híbrido, luso-brasileiro, com estrutura de madeira aparente e paredes de adobe.
Por décadas, o local foi intensamente utilizado para apresentações de óperas, danças e peças teatrais. A partir de 1945, o Teatro de Pirenópolis passou a funcionar como cinema, depois como serraria, fábrica de móveis e casa comercial. Chegando a virar bar, garagem e armarinho.
Em 1979, a Fundação Cultural do Estado de Goiás – Funpel, atual Secult Goiás, comprou o prédio e fez a restauração. Tombado como patrimônio em 1988, somente em 1990 é que a unidade voltou a funcionar como teatro, sendo interditado em 1997 por perigo de desabamento, quando se iniciou um novo trabalho de reforma e restauração.
A gestão do Teatro Sebastião Pompeu de Pina foi transferida para a prefeitura de Pirenópolis em 2010, para uma cessão de 10 anos. Durante esse período, não houve nenhuma ação no sentido de preservação da unidade. Com isso, o teatro se deteriorou.
Em 2017, o teatro foi devolvido ao Estado, pois a prefeitura alegou não ter condições financeiras para a reforma necessária. Mas, devido às péssimas condições do prédio, a unidade foi interditada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), até que as obras de restauração do espaço fossem aprovadas.
Em 2019, o governador Ronaldo Caiado determinou a realização da reforma do local, que começou em dezembro daquele ano em parceria com o Iphan. Mas as obras, que custariam R$ 4,1 milhões, foram interrompidas um ano depois pelo Iphan devido à falta de recursos.
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